Cidades

Secretaria de Mobilidade analisa estudo para privatização do Metrô

Proposta prevê ampliação do atendimento à população em 70%, além de economia de R$ 100 milhões em subsídios

Jéssica Eufrásio
postado em 15/04/2020 11:00 / atualizado em 10/09/2020 19:54
Privatização é uma das metas do governador Ibaneis RochaApesar do cenário de crise causado pela pandemia, as negociações para privatização da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) tiveram avanços recentemente. O processo é uma das metas da gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB) e deve alcançar outras empresas públicas distritais, como a . 

Nesta semana, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) selecionou o estudo que pode servir de base para um futuro edital de licitação. As empresas Urbi Mobilidade Urbana e Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) formaram consórcio e apresentaram o documento em parceria.

Segundo o estudo, a expectativa é de que, com as mudanças propostas, o sistema metroviário do DF aumente a capacidade de atendimento aos usuários em 70%: o total passaria dos atuais 178 mil passageiros em dias úteis para 300 mil. O levantamento também estima que a economia em subsídios para manutenção do serviço chegue a R$ 100 milhões.

Por enquanto, o documento está sob responsabilidade da administração distrital e só poderá ser divulgado após publicação de termo de audiência pública no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

Propostas de melhorias


Técnicos da Semob e representantes do consórcio vencedor ainda farão ajustes na proposta. Em seguida, o documento será apresentado em audiência pública, para aperfeiçoamento com sugestões da população e de potenciais licitantes. Por fim, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) avaliará o trabalho e definirá se autoriza ou não a abertura de concorrência pública para concessão da administração da empresa.

O edital de chamamento para o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) saiu em maio último e prevê a possível concessão do serviço metroviário para a iniciativa privada durante período pré-determinado.

Onze firmas ou associações de empresas puderam apresentar projetos, estudos, levantamentos ou investigações para modelagem técnica, operacional, econômico-financeira e jurídica referentes à concessão dos serviços do Metrô-DF. No entanto, só seis delas entregaram os estudos.

Confira as principais propostas apresentadas pelo consórcio Urbi-Metrô:

  • Reforma de todos os trens em operação nos serviços metroviários do DF, com instalação de sistema de climatização (ar-condicionado) em toda a frota;

  • Aquisição de 10 novos trens a partir do décimo ano de concessão;

  • Melhoria das estações, com reforma das instalações e do entorno delas, além de adequação para garantir acessibilidade universal aos usuários;

  • Integração mais efetiva com o sistema de transporte por ônibus, dando mais alternativas de deslocamento para a população;

  • Redução de aproximadamente 40% no intervalo entre trens no período de maior demanda (de 215 para 130 segundos).

Concessão da Rodoviária do Plano Piloto


Na semana passada, a Semob também recebeu três propostas de viabilidade técnica para gerência do complexo da Rodoviária do Plano Piloto. Os estudos incluem ações para recuperação estrutural, modernização, manutenção, operação e gestão do terminal. 

Os documentos ainda passam por avaliação de comissão técnica da pasta, que selecionará um deles para levar adiante. O pedido de análise não gera custos ao governo local. A responsabilidade de ressarcir a empresa que elaborou o estudo caberá à firma ou ao consórcio vencedor da licitação para assumir a gestão do complexo.

Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob)


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