Cidades

Protesto e reivindicação

Correio Braziliense
postado em 15/04/2020 04:26
Mais de 200 familiares de presidiários promoveram uma manifestação na tentativa de obter respostas das autoridades sobre a situação dos detentos nos presídios. Vestidas de branco, mulheres se posicionaram em frente à Vara de Execuções Penais (VEP), no Setor de Rádio e TV Sul (SRTV), na manhã de segunda-feira. Em uma carta elaborada pelas líderes do protesto e enviada ao GDF, elas questionam a “falta de notícias” dos parentes que cumprem pena. “Estamos preocupadas em saber como estão os nossos internos e como podemos ajudar aqui de fora. A falta de comunicação e de informação tem nos desesperado”, informa um dos trechos do documento.

Na lista de reivindicações, elas pedem que seja permitido o fornecimento de dinheiro (por meio de uma conta bancária) para os internos comprarem itens de higiene e comida na cantina. “Se não deixarem, eles poderiam permitir pelo menos a entrada de sabonetes e outros produtos de higienização”, defende Jaqueline dos Santos, uma das organizadoras do movimento.  Outro pedido é a permissão de ligações semanais. “Queremos ter notícias. Eu quero apenas ouvir do meu esposo que ele está bem. Nada além disso”, destacou Jaqueline.

Efetivo

O Sindicato dos Policiais Penais (Sindpen) questiona e repudia o “descaso com a saúde dos servidores”. “Essa é uma situação nova. Estamos sendo o maior foco de contágio. Hoje, temos mais de 400 policiais afastados das atividades, seja porque estão em teletrabalho, seja por problemas psiquiátricos, seja por grupos de risco, seja pelos infectados. Então, estamos com um total de 1,2 mil servidores na ativa, o que é baixo para a quantidade de detentos. Se um preso se infectar, ele precisa de, pelo menos, três policiais para acompanhar. Imagina se 100 internos se infectam? Eu acabo com o efetivo”, reclamou o presidente da entidade, Paulo Rogério da Silva.
 
 

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