Cidades

Justiça nega a liberação dos três acusados do latrocínio do padre Casemiro

O crime ocorreu na noite de 21 de setembro do ano passado, na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte. Os criminosos estão presos preventivamente

Correio Braziliense
postado em 16/04/2020 17:07
O padre Casemiro foi morto em 21 de setembro de 2019A Justiça negou o pedido de revogação da prisão preventiva dos três acusados de participarem do latrocínio do padre Kazimierz Wojno, conhecido como padre Casemiro, da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte. O crime ocorreu no início da noite de 21 de setembro passado, após o religioso finalizar uma missa. Os suspeitos estão detidos desde outubro. Um jovem também foi apreendido pelo crime e responde como menor infrator, uma vez que tinha 17 anos quando participou do assassinato. Cabe recurso da defesa.

O pedido da defesa dos acusados foi indeferido pelo juiz Fernando Brandini Barbagalo na quarta-feira (15/4). O magistrado verificou os documentos e destacou que os motivos que levaram à prisão dos suspeitos continuam inalterados e, além disso, possuem fortes indícios de autoria. Destacou-se também o fato de que o crime foi cometido com extrema violência e que os réus possuem antecedentes criminais por delitos graves. 
 
Alessandro de Anchieta Silva, Daniel Souza da Cruz e Antônio Willyan Almeida Santos 

O juiz também acrescentou que após a prisão do trio e a detenção do quarto suspeito, à época um adolescente, houve a inclusão do crime de corrupção de menores o que “em certa medida, torna ainda mais grave a conduta que lhes foi imputada”. Portanto, “resta induvidoso que os réus oferecem risco à ordem pública e que medidas cautelares diversas da prisão mostram-se insuficientes ao caso”, decidiu Fernando Brandini Barbagalo. 


Crime cruel

O padre Casemiro foi assassinado em 21 de setembro de 2019, após finalizar uma missa na Paróquia Nossa Senhora da Saúde. Quatro homens entraram no local e aguardaram pelo religioso próximo à casa dele — que fica no mesmo terreno da igreja. Eles renderam o sacerdote e o caseiro do local José Gonzaga da Costa. 

Os suspeitos amarraram José nas mãos e nos pés, deixando-o ao lado de fora da residência de Casemiro. O padre também ficou atado e teve um fio de arame preso no pescoço. Durante o roubo, o grupo se irritou com o religioso e, por isso, decidiu matá-lo. Segundo confirmação do laudo cadavérico produzido pelo Instituto de Medicina Legal (IML), o padre polonês foi morto por asfixia. 

Depois do crime bárbaro, os acusados fugiram a pé (veja vídeo). Só então o caseiro conseguiu se soltar e pedir socorro. A 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) registrou a ocorrência e passou a apurar todo o caso. Agentes identificaram que os suspeitos usaram transporte coletivo para irem até Santa Maria e, depois, foram de carro até Valparaíso de Goiás.
 
 
 
Em 24 de setembro, a polícia prendeu os dois primeiros suspeitos: Alessandro de Anchieta Silva, 18, e Antônio Willyan Almeida Santos, 32. Eles foram encontrados escondidos em Valparaíso. Um dia depois, o terceiro envolvido, Daniel Souza da Cruz, 39, acabou detido no Novo Gama, em uma operação conjunta da Polícia Civil de Goiás e do Distrito Federal. 

No dia 28 de setembro, o último envolvido foi encontrado. Ele tinha completado 18 anos, mas à época do crime tinha 17, por isso, respondeu como menor infrator. Agentes da 2ª DP encontraram o suspeito no Centro de Prisão Provisória de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, apreendido por tráfico de drogas.

O garoto não tinha sido detido pelo latrocínio porque, ao ser pego na cidade goiana, forneceu dados falsos. Para confirmar que se tratava do último envolvido no assassinato do padre Casemiro, agentes da 2ª DP e um papiloscopista do Instituto de Identificação (II) até o Centro de Prisão Provisória para realizar o reconhecimento.

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