Correio Braziliense
postado em 19/04/2020 04:09
“Ficar em casa tem sido, acima de tudo, entediante. Por estar tanto tempo ‘presa’, fico estressada com mais facilidade. Qualquer coisinha irrita. O isolamento tem me deixado bem mais sensível. O que mais mudou na rotina foi o emprego. Fazer home office é bem mais cansativo do que ter de pegar ônibus todo dia para ir trabalhar, por incrível que pareça. Eu era acostumada a isso.
A parte difícil é estar afastada das pessoas de quem eu gosto, que faziam parte muito ativamente de minha vida: meus avós, minha irmã que não mora comigo, meu namorado. Esse afastamento me entristece muito. Mas é bom ter mais tempo para pensar, planejar e fazer coisas que eu não conseguia antes. E também tenho tido momentos de bastante qualidade com minha família. Esses são os melhores.
Essa aproximação me ajuda bastante a não me sentir só, continuo fazendo minhas sessões com a psicóloga. Fazemos atendimento on-line semanal. Esse período tem me entristecido bastante, me deixado angustiada e ansiosa por causa da saudade das pessoas e da situação com o vírus. Ultimamente, evito muitas notícias sobre a pandemia. Só vejo o necessário. Ainda sinto falta de visitar meus avós, de sair no fim de semana, de trabalhar... Da rotina. Mas percebi que, apesar da correria do dia a dia, é importante tirar um momento para si mesmo.”
Eduarda Gonçalves, 21 anos,
correspondente bancária, moradora do Gama
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