Cidades

Crescem casos de dengue e doenças respiratórias

Correio Braziliense
postado em 21/04/2020 04:06
Raimunda Silva toma todos os cuidados para se manter saudável
Garantir o atendimento médico de toda população em meio a uma pandemia é uma preocupação do sistema de saúde do Distrito Federal. Além dos casos crescentes de contaminação por coronavírus, outras doenças comuns nesta época do ano podem causar transtornos, como a lotação de hospitais e as dúvidas sobre diferentes enfermidades com sintomas semelhantes. A febre, por exemplo, é sinal tanto da Covid-19 quanto da dengue. A doença causada pelo mosquito Aedes aegypti foi responsável por 11 mortes e 18.191 diagnósticos no DF neste ano, um aumento de 63,75% no número de casos em relação ao mesmo período de 2019. Em meio a isso, há ainda a preocupação com outros vírus que afetam o sistema respiratório e aumentam com a chegada do inverno.

“Esta época é marcada por casos de dengue e infecções, principalmente, das vias aéreas superiores. E temos o H1N1 como ‘ator principal’ disso tudo”, explica o coordenador da Clínica Médica do Hospital Santa Lúcia, Marcos Pontes. Por conta disso, a Campanha Nacional de Vacinação contra a influenza foi antecipada em 30 dias. O médico diz ainda que essas ações devem estar em diálogo com a prevenção. “Temos que tomar cuidado para evitar inflamações respiratórias, lavando as mãos, usando álcool em gel e máscaras. Para a dengue, o principal caminho é combater focos e se prevenir de picadas”. 

A Secretaria de Saúde informou que constituiu uma força-tarefa para combater a doença do Aedes aegypti, atuando com a Vigilância Ambiental, agentes de saúde e o Corpo de Bombeiros. As ações são voltadas sobretudo para as regiões com maior incidência de casos, que são vistoriadas até mesmo com drones para verificação de possíveis focos. Mesmo assim, cidades como Taguatinga, Vicente Pires, Águas Claras, Recanto das Emas e Samambaia sofrem com os impactos da doença. Essas regiões registraram 21,7% dos casos de dengue de 2020. 

Receosa por estar no grupo de risco, Raimunda Silva, 65, toma todos os cuidados necessários para se prevenir não só do coronavírus, mas de outras doenças. “Faço de tudo para aumentar a minha imunidade e ficar saudável.”, relata. Quando o Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia, a dona de casa ficou ansiosa para tomar a vacina da influenza. “Ainda bem que adiantaram a campanha. Tomo o medicamento há cinco anos e, desde então, nunca fiquei gripada.” 



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