O Governo do Distrito Federal (GDF) vai investir R$ 30 milhões em pesquisas e estudos para conter o avanço do novo coronavírus, conforme acordo firmado nesta quarta-feira (22/4), no Palácio do Buriti. O projeto é uma parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a Fundação de Amparo à Pesquisa (FAP), a Universidade de Brasília (UnB) e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec).O objetivo é fomentar o desenvolvimento de pesquisas e a criação de produtos e serviços que auxiliarão no enfrentamento da pandemia.
A iniciativa prevê a produção de materiais de testagem e mapeamento do contágio da doença na cidade, que contará com apoio de pesquisadores da UnB. “Somente por meio da pesquisa e da integração tecnológica nós vamos conseguir levar saúde à população do DF na forma que ela merece. No Brasil, durante muitos anos, achou-se que saúde era feita dentro dos hospitais. Não é por aí. Saúde se faz exatamente na ponta, cuidando de quem precisa no dia a dia, evitando, assim, que as pessoas cheguem às portas das UPAs e hospitais”, afirmou o governador Ibaneis Rocha.
Os dois projetos são voltados para o diagnóstico do novo coronavírus, os quais foram selecionados na Chamada de Propostas de Projetos e Ações de Pesquisa, Inovação e Extensão para o Combate ao Covid-19, realizado pela UnB.
Primeiro projeto
O primeiro prevê a aquisição de 15 mil testes do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF). Além disso, a iniciativa visa a aquisição de 10 mil testes rápidos para testagem da população, máquinas extratoras de resultados, e insumos para a realização dos testes — como soluções, luvas, reagentes e indicadores de reações do exame.
Todos os resultados, tanto os positivos quanto os negativos, serão enviados para a Secretaria de Saúde e demais órgãos do governo, para auxiliar as tomadas de decisões e a formulação de estratégias de ação no controle da doença no DF. Os dados serão registrados conforme a região administrativa de cada pessoa testada. Desse modo, será possível elaborar o mapa de distribuição da circulação do vírus na capital.
As amostras coletadas também subsidiarão trabalho de sequenciamento de DNA para o estudo de possíveis mutações do coronavírus. Para o governador Ibaneis Rocha, o convênio para a área de estudos e pesquisa ocorre “em boa hora, porque a Secretaria de Saúde está preparada para receber todo esse aparato. Fizemos, na semana passada, a nomeação de mais de 400 técnicos, enfermeiros e médicos exatamente para cuidar da saúde lá na ponta. Agora, esperamos que esse conjunto de tecnologia e estudos seja uma constante no Distrito Federal.”
Segunda parte
O segundo projeto selecionado prevê montar um painel de amostras para validação dos testes de detecção do novo coronavírus. Os especialistas irão estudar os exames e estimar a prevalência da doença na população, na força de trabalho da saúde e nos residentes de áreas vulneráveis do Distrito Federal.Para isso, os pesquisadores preveem a realização de cerca de 20 mil testes.
Profissionais também analisarão a precisão dos testes rápidos e de bancada — experimentações realizadas com equipamentos mais simples. Estes últimos estão sendo incorporados ao arsenal de medidas voltadas ao controle da Covid-19 para uso no Brasil, assim como aplicá-los a campo para estimar a prevalência de infecção pelo vírus.
*Com informações da Agência Brasília
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.