Cidades

Setur aposta em eventos no 2º semestre para aquecer economia local

A Secretaria de Turismo destaca que a área é importante para incentivar o turismo na capital federal e o cancelamento dos eventos, por conta da pandemia, gerou grandes prejuízos

A Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur) planeja a possibilidade do retorno dos eventos a partir do segundo semestre deste ano. A expectativa é de movimentação de R$ 27 milhões com festas, feiras, shows e apresentações.

A Setur explicou que a suspensão dos eventos no DF, por conta da pandemia do novo coronavírus, gerou grandes prejuízos econômicos. Foram afetados, por exemplo, congressos e feiras agendadas para março, abril, maio e junho deste ano. Por isso, a pasta e os empresários da área contam com a remarcação dos eventos, a depender de liberação do governo local. 

A pasta destacou que, ao que tudo indica, as medidas de isolamento social estejam mais flexíveis a partir do segundo semestre. Essa adaptação da quarentena viabilizará a realização de viagens — recomendadas apenas em casos de extrema necessidade, segundo recomendações do Ministério do Turismo.  

Com a possibilidade de flexibilização do isolamento, os organizadores de eventos do DF trabalham com aprevisão de volta às atividades a partir de agosto. Neste mês, estão reservadas as datas para quatro eventos: 3º Simpósio Internacional de Segurança (4 e 5 de agosto); 52º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal (29 a 31 de outubro); 14º Salão do Artesanato (2 a 6 de setembro); e a Expotchê (27 de novembro a 6 de dezembro). Outros eventos estão sendo remarcados para 2021. 

“A realização de eventos a partir de agosto poderá movimentar o turismo da nossa cidade, que foi altamente impactado por essa crise. Trabalhamos e apoiamos todo o setor para injetar recursos na economia ainda este ano. Apesar dos prejuízos, não podemos considerar 2020 como um ano perdido para o turismo. Vamos continuar pensando e elaborando alternativas para aliviar os impactos, com todo o trade turístico. Os eventos remarcados são uma vitória para a nossa cidade, uma vez que movimentam a hotelaria e o comércio”, avalia a secretária Vanessa Mendonça.

Segundo a Setur, os eventos podem gerar mais de 13 mil empregos diretos e indiretos. A estimativa é que a movimentação financeira fique em torno de R$ 27 milhões — cálculos realizados com base nos dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e projeções ajustadas de dados de edições anteriores relativas aos mesmos eventos.  

Os eventos

A terceira edição do Simpósio Internacional de Segurança estava prevista para ocorrer em maio, mas, por causa da pandemia, precisou ser remarcada para agosto. O evento é organizado pela Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF)  e vai debater a utilização da tecnologia e inovação no aperfeiçoamento do combate à criminalidade no Brasil, como explica o vice-presidente da ADPF, Luciano Leiro.

“Entendemos que todos nós precisamos fazer a nossa parte e colaborar para conter o avanço da pandemia. Estamos confiantes de que o sacrifício de todos fará com que a situação esteja normalizada o mais breve possível. Pensando nisso, estamos nos organizando para fazer um evento ainda melhor e, certamente, mais seguro para todos na nova data”, afirmou.  

Já Cláudia Maldonado, presidente do Brasília e Região Convention & Visitors Bureau (BRC&VB), destaca que a fundação trabalha com as entidades do setor de eventos para trazer mais edições para o DF. “Estamos sensibilizando as entidades do setor, que são importantes para que os eventos venham para a cidade. A expectativa é de que os eventos não sejam cancelados, e, sim, remarcados. Também estamos de olho nos eventos cancelados em outras cidades que tenham a configuração parecida com Brasília, para que possam ser realizados aqui também, já que não serão realizados em outros lugares”, destacou.