Correio Braziliense
postado em 27/04/2020 16:37
Na última sexta-feira (24/4), o governador Ibaneis Rocha (MDB) assinou um novo decreto que libera cultos, missas e rituais de qualquer religião para serem realizados em estacionamentos das igrejas e templos do Distrito Federal. Entre as condições, foi exigido que os fiéis permaneçam dentro dos carros, com distância mínima de dois metros entre cada veículo.
Em resposta, a Arquidiocese de Brasília soltou um comunicado se dizendo contrária às decisões tomadas. A nota diz que a instituição está “ciente da responsabilidade da Igreja”, e que tem “procurado cumprir as deliberações das autoridades competentes, a fim de contribuir para a superação da pandemia do Covid-19 e preservar a vida e a saúde da população”. Além disso, dizem que não foram consultados sobre o teor do decreto.
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Para a estudante Maria Fernanda Vianna, 20 anos, a decisão é precipitada, uma vez que nem todos os fiéis possuem carros. “Como igreja, precisamos pensar num todo. Não podemos autorizar a participação de algumas pessoas e deixar outras em casa”, reforça. Ela ressalta que sente falta de estar reunida com sua comunidade, mas entende o momento. “Tenho saudades de frequentar a missa presencialmente, mas devemos respeitar as decisões que nossa Arquidiocese toma”, diz. “Obedecemos as decisões governamentais mas, liturgicamente, respondemos às figuras de autoridade dentro da igreja, como cardeais, bispos e, principalmente, o Papa”, completa.
O Cardeal Dom Sérgio da Rocha pede que a comunidade continue unida em oração durante o período de isolamento. “Supliquemos a Deus pela superação da pandemia e rezando, de modo especial, pelos doentes e pelas vítimas falecidas, pelos seus familiares, pelos profissionais de saúde e por todos que se dedicam ao cuidado dos doentes, aos quais manifestamos profundo apreço e gratidão”, reforça.
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