Correio Braziliense
postado em 27/04/2020 17:20
Agentes da 1º Delegacia de Polícia (Asa Sul) recuperam joias avaliadas em R$ 100 mil que haviam sido entregues para uma astróloga na Asa Sul como pagamento de falso serviço espiritual. Responsável pela investigação, o delegado Ataliba Neto, informou que a vítima - uma mulher de 47 anos - entrou em contato com a delegacia após perceber o golpe.
Com as informações fornecidas pela vítima, foi deflagrada na última sexta-feira (24/4) a operação Métis (na mitologia grega, representa a deusa da saúde, proteção, astúcia, prudência e virtudes). O nome faz referência à prudência que as pessoas devem ter nos tratamentos espirituais.
De acordo com o relato da vítima, a astróloga entrou em contato com ela por telefone dizendo que precisava entregar uma mensagem pessoalmente. Após informar dados importantes da vida pessoal da vítima, elas marcaram a consulta que ocorreu em 18 de abril. No primeiro momento não cobraria nada pelo serviço, porém, no final da sessão, a astróloga disse que precisaria fazer um trabalho e lhe cobrou a quantia de R$ 820 para comprar o material necessário. A vítima concordou e lhe pagou tal quantia.
No entanto, o trabalho realizado foi contra a vítima que retornou à casa da astróloga. Para desfazer, a acusada cobrou R$ 820 multiplicado por 72 (número - segundo ela - de entidades atuando). O pagamento teria que ser realizado naquele momento e a vítima entregou as joias. Ao notar o golpe, a mulher pediu os pertences de volta e a astróloga cobrou um valor de R$ 45.350.
Percebendo que não ia ter resolução, a vítima procurou a 1º DP (Asa Sul) que conduziu a investigação. Na unidade policial, após ser informada que poderia ser presa em flagrante pelo crime de estelionato, a astróloga decidiu devolver as joias obtidas em prejuízo da vítima. Satisfeita com a resolução do caso, a vítima não deu prosseguimento na ocorrência policial e a astróloga acabou liberada.
Em 2015, um caso parecido ocorreu em Águas Claras. Uma falsa taróloga induziu um homem a entregar R$ 16 mil em espécie para desfazer um trabalho espiritual que havia contra ele. De acordo com o delegado Ataliba, em tais situações os autores se aproveitam da fragilidade emocional e espiritual das vítimas e fazem com que elas lhes entreguem grandes quantias em dinheiro ou mesmo bens materiais.
Quem for pego por crime de estelionato, se condenado, pode pegar de 1 a 5 anos de prisão.
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