Cidades

Deputado propõe linha de crédito para quiosques e trailers

A previsão é que a indicação poderá beneficiar mais de 28 comerciantes e gerar 60 mil empregos. O grupo está entre um dos mais prejudicados com as medidas de isolamento social em decorrência da Covid-19

O deputado distrital José Gomes (PSB) propôs ao Governo do Distrito Federal (GDF) e ao Banco de Brasília (BRB) a criação de uma linha de crédito voltada para quiosques e trailers. O segmento está entre um dos mais prejudicados com a restrição de funcionamento em decorrência do isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus na capital. A ação pode beneficiar mais de 28 mil comerciantes e gerar 60 mil empregos.

Segundo o parlamentar, cerca de 28 mil quiosqueiros estão sem condições de pagar dívidas e manter os empregos de funcionários. Por isso, considerando a situação econômica deste segmento, houve a indicação da linha de crédito. O empréstimo será para que os donos desses estabelecimentos não fechem as portas após a pandemia e, assim, evitar alto número de demissões. 

“Esse segmento emprega mais de 60 mil pessoas. Muitos deles não têm condições de comércio digital. As portas estão fechadas há mais de mês. Isso gerou perdas na renda desses empreendedores e de seus empregados”, destacou o deputado distrital José Gomes.  

Ainda de acordo com o parlamentar, a indicação feita ao GDF e ao BRB foi realizada após a categoria se mobilizar e entregar um pleito. Poderão recorrer ao empréstimo apenas quem explorar diretamente o espaço e tiver direito de uso de bem público. “Desde o início da pandemia, temos nos solidarizado com os empreendedores de pequeno porte que precisam de apoio financeiro para não levarem seus negócios à bancarrota. Trata-se de medida necessária e urgente para fomentar a atividade econômica e o emprego em todo o DF”, finalizou.

Para Carlos Roberto Antunes, presidente da Associação dos Quiosqueiros, Trailistas, Similares, Ambulantes e Ambulantes de Eventos do Distrito Federal (Asquis/DF), a linha de crédito auxiliará os comerciantes a manterem os serviços e pagar as dívidas. “Muita gente não está conseguindo pagar seus boletos e está com o nome no SPC. Quando você negocia com um banco o adiamento das parcelas, muitos cobram juros exorbitantes. Eu mesmo estou passando por isso”, afirmou. Ele é proprietário de um quiosque de alimentação no Trecho 1/2 do SIA.