Cidades

Comércio perdeu 25 mil funcionários, diz vice-presidente do Sindivarejista

Em entrevista ao CB.Poder, o empresário Sebastião Abritta falou sobre perdas no setor do comércio e como a categoria recebeu a decisão judicial que proíbe a reabertura

Correio Braziliense
postado em 06/05/2020 14:58
Sebastião Abritta, vice-presidente do Sindivarejista: 'Não podemos ter um colapso na saúde e na economiaApós a decisão da Justiça publicada na madrugada desta quarta-feira (6/5) proibindo a reabertura de estabelecimentos que se encontram fechados no Distrito Federal, profissionais do setor de comércio e serviços esperam mais perdas nas próximas semanas. 

Em entrevista ao CB.Poder nesta quarta, o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF), Sebastião Abritta, calcula que, até agora, houve encerramento de 25 mil contratos de trabalho no DF, que conta com 30 mil lojas de diferentes segmentos.

“Ao menos 350 não vão abrir mais. Só no segmento do varejo, com essas 350, é algo perto de 2 mil empregos. No total, de todo o setor e de toda a cadeia produtiva do Distrito Federal, é algo perto de 25 mil empregos que tiveram contratos encerrados (até agora)”, afirmou Sebastião.

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Além disso, o vice-presidente do Sindivarejista disse que o setor recebeu com “grande preocupação” a determinação da Justiça Federal. No entanto, Sebastião acredita que o governador Ibaneis Rocha (MDB) deve tentar reverter a decisão

“Colapso econômico”

Na quinta-feira (7/5), integrantes do Poder Judiciário visitarão a Sala de Situação no Palácio do Buriti, onde o chefe do Executivo local deve apresentar dados complementares para planejamento da retomada das atividades.

“O governo tinha feitos várias reuniões com o setor produtivo e tínhamos definido alguns parâmetros para a reabertura do comércio local. Essa incerteza é muito ruim para o setor. (A reabertura) era no dia 4, passou para o dia 11 e fomos surpreendidos com a decisão”, comentou Sebastião.

O empresário estima que as perdas no faturamento durante o Dia das Mães para segmentos como os de roupas femininas, calçados e acessórios chegarão a 80%. Sebastião ainda defendeu a reabertura das lojas, para evitar um colapso econômico. “Não podemos ter um colapso na saúde e na economia. O país vem saindo de várias crises e acredito que não aguenta mais uma”, completou Abritta.

Assista a entrevista completa: 
 
 

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