Cidades

Em meio a pandemia, mães com covid-19 dão à luz no Hran; bebês estão bem

Devido às condições do nascimento, os bebês precisaram usar pequenas máscaras de proteção facial logo após o parto. Uma das mães ainda espera a contraprova da doença

Correio Braziliense
postado em 08/05/2020 23:40
Mãe das gêmeas aguarda contraprova do novo coronavírusNa semana do dia das mães, um sinal de esperança. Em meio a pandemia do novo coronavírus, duas mães - uma com covid-19 e a outra com suspeita da doença - deram a luz no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Os bebês nasceram saudáveis, e devido às condições do nascimento, precisaram utilizar pequenas máscaras de proteção facial logo após o parto, para estarem protegidos de qualquer risco de contaminação.

Esse é o primeiro parto realizado em uma paciente com o novo coronavírus na rede pública de saúde do Distrito Federal. O bebê de 2,930kg nasceu na noite desta quinta-feira (7/5). A mãe, de 28 anos e moradora de Planaltina, permanece internada, sem complicações e se recupera bem. 

Na madrugada de quarta-feira (6/5), o presente foi duplo. As gêmeas pesam 2,380kg e 2,305kg. Ambas receberam alta, nesta sexta-feira (8), e foram para a casa dos familiares. A mãe, de 31 anos e moradora de Águas Lindas de Goiás, está em observação e aguarda o exame de contraprova para a doença.

De acordo com a Secretaria de Saúde, a forma de fazer partos no Hran tem passado por mudanças significativas devido às condições atuais. Como o hospital é referência no atendimento a casos de covid-19, bebês de pacientes confirmadas ou sob suspeita de coronavírus serão separados.

Claudio Albuquerque, chefe da Unidade de Ginecologia e Obstetrícia do Hran, conta que além das máscaras de proteção facial nos bebês – confeccionadas pela equipe hospitalar para não machucar os recém nascidos –, os profissionais de saúde também adotaram mudanças no fluxo dos serviços durante os partos, para evitar riscos de contaminação.

A equipe que atua durante os partos foi reduzida para não ter aglomeração. Todos os equipamentos de proteção foram reforçados, com a utilização de luvas, capotes, máscaras equivalentes a N95 e ainda as de proteção facial acrílica do modelo Face Shield. 

“Com a equipe mais enxuta, reduzimos ainda mais a possibilidade de contaminação”, explica o chefe da unidade. “Além disso, durante a assistências às puérperas, deixamos um profissional destacado para a paciente até o final do plantão dele, para evitar contatos com mais de uma pessoa”, ressaltou Claudio Albuquerque.

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