Cidades

Covid-19: Enfermeiros fazem novo ato no DF para homenagear colegas mortos

Brasil já perdeu mais enfermeiros do que Espanha e Itália juntos

No Dia Internacional da Enfermagem, os profissionais de Brasília realizaram um novo ato, por volta das 17h30, na área externa do Museu da República, em homenagem aos 99 colegas que morreram na linha de frente de combate ao coronavírus em todo o país. 
 
O Brasil já perdeu mais profissionais de Enfermagem que a Espanha e a Itália juntas. Para a categoria, o alto índice de letalidade tem a ver com a negligência em relação aos trabalhadores da saúde. 

“Estamos aqui para homenagear nossos colegas que perderam a vida. Até o dia da organização, eram 99 colegas que hoje estão sendo representados, mas os números atuais são de 109 (contando os óbitos ainda não confirmados). Essa homenagem é para chamar a atenção em relação ao número de mortes de profissionais de enfermagem no Brasil que é muito alto”, explica Dayse Amarílio, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do DF.

O ato em Brasília foi pacífico, respeitando as recomendações de distanciamento, com número limitado de participantes e com todos os profissionais usando máscaras. Vestidos de jaleco com o nome de colegas que morreram, e segurando velas, eles ficaram parados e em silêncio para homenagear os profissionais que perderam as vidas na linha de frente do combate à covid 19. Eles realizaram uma chamada de todos os nomes e quem estivesse representando deitava no chão como forma de protesto.

Saiba Mais

A enfermeira Fabiana Sena, afirma que o protesto é uma forma de pedir melhores condições de trabalho. “A enfermagem já vem sofrendo com a falta de reconhecimento com ou sem pandemia. Mas, nesse momento, chamou a atenção por sermos profissionais da linha de frente e muitos estão perdendo vidas por causa dela. Mesmo assim está longe do reconhecimento ideal”, pontou. 

Assim como o ato de 1º de maio, a manifestação do dia 12 é uma iniciativa dos trabalhadores, com o apoio das entidades de classe. No DF, a manifestação conta com o apoio do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal, do Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, do Conselho Regional de Enfermagem d DF, do Conselho Federal de Enfermagem e da Federação Nacional dos Enfermeiros. 
 
*Estagiário sob supervisão de Humberto Rezende