Correio Braziliense
postado em 13/05/2020 04:04
Em meio à crise econômica provocada pela pandemia no Distrito Federal, duas medidas do Governo do Distrito Federal buscam diminuir o impacto do novo coronavírus nas regiões mais carentes do DF. O governador Ibaneis Rocha (MDB) e a secretária de Desenvolvimento Social da capital, a primeira-dama Mayara Noronha, assinaram, ontem, no Palácio do Buriti, decretos que criam o programa Renda Mínima e o Cartão Prato Cheio. As duas ações são parcerias com o Banco de Brasília (BRB).
O programa Renda Mínima foi aprovado na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) na última sexta-feira e sancionado por Ibaneis. A proposta estipula um auxílio de R$ 408 a famílias de baixa renda enquanto durar a crise e o pagamento será feito por meio das agências do BRB.
A medida de emergência tem duração inicial de dois meses e o auxílio deverá ser pago a famílias com renda mensal, per capita, de até meio salário mínimo, ou R$ 522,50, e, de acordo com Ibaneis vai atender às pessoas que não foram contempladas por nenhum programa de auxílio do governo federal.
“São R$ 408 que vão atender, exatamente, aquelas pessoas que, no cruzamento do cadastro do governo federal, não se enquadraram em nenhuma das modalidades, porque não estão cadastradas nem como autônomas nem como outras profissões, nós vamos socorrer essas pessoas de modo a dar dignidade para elas, durante essa pandemia”, detalhou.
De acordo com o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, a instituição detalhará nos próximos dias como será feito o procedimento de registro das famílias a serem beneficiadas e como será entregue o montante.
Estrutura
“As agências do BRB serão estruturadas para que possam participar desse processo. Vai ser bastante digital e simples, para que se reduza os custos dos programas, aumente a eficiência operacional e, por meio de canais digitais e de pagamento de cartão, a gente volte a cumprir o nosso papel”, explicou.
A entrega do novo Cartão Prato cheio também ficará a critério do BRB. Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, o programa devolverá dignidade e o poder de escolha às famílias beneficiadas.
“A intenção do governo é levar alimentação para essas pessoas, mas, principalmente, garantir a dignidade e não deixar essas pessoas à mercê de uma entrega simbólica do governo. É dar para essa população o poder de escolha, a autonomia de compra”, afirmou Mayara Noronha.
Atualmente, os programas de assistência alimentícia entregam à população as cestas montadas com os alimentos. De acordo com Ibaneis, com o cartão, o beneficiado poderá movimentar o comércio local e ter autonomia para escolher os produtos.
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