Cidades

Suspeitos do assassinato de universitário são presos pela PCDF

Márcio Ribeiro Rocha Júnior, 28 anos, foi morto a facadas, em março, após sair de uma festa no Conic. Três suspeitos foram presos

Correio Braziliense
postado em 14/05/2020 10:30
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na manhã desta quinta-feira (14/5), três homens acusados de matar o universitário Márcio Ribeiro Rocha Júnior, 28 anos. Márcio foi esfaqueado, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, na madrugada de 7 de março, após sair de uma festa, no Conic. 

Agentes da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) cumpriram três mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão, na Vila Planalto, Sobradinho 2 e na cidade de Formoso do Araguaia, em Tocantins, onde o autor das facadas foi encontrado. Após o crime, ele fugiu para o município tocantinense, onde tem parentes. 
 
Nas buscas, os investigadores encontraram as roupas usadas pelos criminosos no dia da morte de Márcio. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Gleyson Gomes Mascarenhas, os dois detidos no Distrito Federal nada declararam, durante as prisões.
 
No entanto, de acordo com Gleyson, o homem preso em Tocantins sugeriu que um adolescente, que estaria com o grupo no dia do crime, seria o responsável pelas facadas que resultaram na morte de Márcio. Entretanto, segundo o delegado, as imagens de circuitos de segurança utilizadas na investigação são claras e mostram que o homem capturado desferiu os golpes.

Dinâmica

De acordo com as investigações, os homens faziam parte de uma associação criminosa que cometia crimes contra o patrimônio. Nas abordagens, eles costumavam se passar por moradores de rua, vendedores da região ou traficantes para pedir dinheiro, oferecer objetos à venda e até drogas às vítimas. Enquanto parte do grupo distraía a pessoa, outro integrante aproveitava para roubá-la. 

“Quando a vítima estava distraída, um deles subtraía o objeto que estava na mão ou na bolsa da pessoa e saía correndo. Os outros ficavam ali, tentando impedir a vítima de correr atrás do ladrão. Na maioria das vezes, eles conseguiam. No caso específico do latrocínio, o Márcio conseguiu correr atrás do autor, o alcançou e entrou em luta corporal para reaver o aparelho celular. Foi nesse momento que o homem sacou uma faca, que ele trazia na cintura, e esfaqueou a vítima no peito”, explicou Gleyson Gomes.

Os criminosos furtavam, especialmente, celulares. No entanto, de acordo com o investigador, objetos como bolsas e documentos, além de dinheiro também eram roubados. Quando não conseguiam realizar o furto, o bando ameaçava as vítimas, geralmente, com faca.

Segundo Gleyson, o grupo era investigado desde janeiro. “A gente estava monitorando furtos e roubos naquela região. Já estávamos investigando a organização, que atuava naquela localidade, da rodoviária e adjacências. Nisso, conseguimos identificar que esse pessoal faz parte de uma associação criminosa que tinha a finalidade de subtrair aparelhos celulares e outros objetos das vítimas que frequentavam o local”, explicou o delegado. De acordo com ele, outras três pessoas fazem parte do grupo. A PCDF segue investigando a atuação do bando.
 
Os três detidos possuem passagens por crimes como tráfico de drogas, furto, roubo e receptação. Os dois presos no DF, um de 41 anos e o outro de 36,  foram encaminhados à carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE). O terceiro integrante do grupo, 45 anos, preso no interior de Tocantins, chegará em Brasília, transportado por agentes da PCDF, ainda na tarde desta quinta-feira (14/5).
 
Todos eles responderão por associação criminosa, furto qualificado e latrocínio consumado. As penas pelos crimes variam de 1 a 3, 2 a 8 e 20 a 30 anos de prisão respectivamente.

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