Correio Braziliense
postado em 14/05/2020 21:30
Em meio à pandemia do novo coronavírus, unidades de saúde do Distrito Federal sofrem com o fornecimento irregular ou em quantidade insuficiente de itens de limpeza e higiene. O Correio apurou que a Unidade Básica de Saúde 3 de Samambaia enfrenta o problema há mais de 20 dias. A Secretaria de Saúde afirma que a falha é pontual e que pediu esclarecimentos à empresa contratada, que se comprometeu a resolver a situação com agilidade.
Desde a troca da empresa que prestava o serviço de limpeza para a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), a queixa é recorrente em diversas unidades. Na segunda quinzena de abril, o Sindicato dos Médicos do Distrito Federal recebeu mensagens de falta de sabão para lavar as mãos, álcool em gel e lixeiras no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Também há relatos de que a empresa que era responsável pela limpeza da unidade retirou papeleiras e lixeiras assim que encerrou o contrato com o Governo do Distrito Federal (GDF). Queixas semelhantes também chegaram de profissionais da UBS 11 de São Sebastião.
O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) também confirma ter recebido denúncias de que a empresa BRA Serviços Administrativos LTDA não tem conseguido fornecer todo o material de limpeza necessário, bem como o esvaziamento dos almoxarifados após a saída da prestadora de serviço anteriormente contratada. Por não ser uma apuração de competência do conselho, foi recomendado aos profissionais procurar a Vigilância Sanitária.
Procurada, a BRA Serviços Administrativos LTDA - contratada emergencialmente, com dispensa de licitação, para prestação de serviços de limpeza, higienização, conservação, asseio e desinfecção hospitalar nas unidades da SES/DF - informou à reportagem que o serviço é feito de forma regular e o contrato, executado sem qualquer impasse. Contudo, pontuou que o encarregado pode não ter feito um pedido pontual.
De acordo com o contrato nº 050/2020, disponibilizado no site da pasta, a empresa, de origem alagoana, assinou o documento, no valor de R$ 67.078.778,38, em 11 de março. O contrato tem vigência de 180 dias improrrogáveis.
A Secretaria de Saúde, devido à pandemia, justificou que há uma dificuldade na aquisição dos insumos necessários, "o que justificaria essas eventuais falhas". Em nota, a pasta esclareceu que as falhas no fornecimento de materiais de higiene são pontuais. "A empresa já foi notificada para o pleno cumprimento contratual. Diante do cenário, a empresa se comprometeu em solucionar os problemas o mais rápido possível. Em caso de descumprimento acarretará em glosa no pagamento das faturas mensais".
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