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Coronavírus: análise de esgotos do DF pode ajudar a entender disseminação

Estudos mostram a presença de partículas do vírus em dejetos humanos três dias após a infecção. Pesquisa da UnB vai monitorar estações de tratamento

A Universidade de Brasília (UnB) vai monitorar o avanço da pandemia no Distrito Federal a partir de análises do sistema de esgoto da cidade. Segundo a instituição, estudos constataram a presença do vírus em dejetos humanos três dias depois da infecção do indivíduo. 

A ação vai contar com a parceria da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). O trabalho prevê a coleta de amostras das águas residuárias de ETEs em regiões administrativas de diferente aspectos econômicos e culturais. A UnB ressalta que, por enquanto, não há risco de contaminação pelo esgoto. 

O objetivo é oferecer uma ferramenta para auxiliar no controle da epidemia. A ação contribui para para estimativas das curvas de contágio em diferentes pontos do DF. Para o professor de química Fernando Sodré, um dos responsáveis pela pesquisa, o método é ágil e eficaz, além de ser uma iniciativa com menor custo. 

Saiba Mais

A ideia é ampliar a divulgação da técnica para que outros estados possam usá-la para acompanhar as tendência da covid-19. O método já é utilizado em Contagem (MG), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

A pesquisa foi aprovada em chamada pública de ações para o enfrentamento da covid-19. Atualmente, o projeto está em fase de prospecção de recursos financeiros e aquisição de reagentes. A pesquisa vai começar por oito estações, que atendem, juntas, 70% da população do DF. As amostras serão coletadas a cada semana, por 18 meses.