Cidades

DF bate recorde de mortes em um dia

A Secretaria de Saúde contabilizou seis óbitos provocados pelo novo coronavírus em apenas um dia, maior número desde o início da pandemia. Ao todo, 68 pessoas perderam a batalha contra a covid-19 na capital. Mais de 2,4 mil conseguiram se recuperar da doença

Correio Braziliense
postado em 20/05/2020 04:07
Desde o último dia 30, o uso de máscaras é obrigatório no DF. Quem descumprir a medida paga multa
Pelo segundo dia consecutivo, o Distrito Federal bateu recorde de mortes provocadas pelo novo coronavírus. Apenas ontem, a Secretaria de Saúde confirmou seis óbitos ocasionados pela doença, o maior número desde o início da pandemia. Agora, a capital tem 68 pessoas que perderam a vida devido à covid-19 e 4.898 casos confirmados. Apesar da quantidade de óbitos e diagnósticos, 2.457 pacientes já se recuperaram da enfermidade. 

Na segunda-feira, foram cinco óbitos registrados pela pasta, maior número até então. Das vítimas contabilizadas ontem, a primeira era um idoso de 76 anos, morador de Águas Claras. Ele estava internado há três dias e faleceu no Hospital das Forças Armadas (HFA). No período da tarde, mais uma morte passou a ser contabilizada. Um detento do sistema carcerário do DF (leia mais na página 17), de 32 anos, hospitalizado desde 5 de maio, faleceu no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Ele tinha tuberculose e HIV, comorbidades que agravam os sintomas do coronavírus. 

As outras vítimas são: uma moradora de Águas Claras, de 86 anos, que estava internada no Hran desde 15 de maio — ela tinha hipertensão e Alzheimer — e um morador de Ceilândia, de 89 anos, que tinha nefropatia e estava internado no hospital da cidade desde o último dia 11. 

Portador de diabetes e hipertensão, um morador de Sobradinho de 66 anos também faleceu devido à doença. Ele deu entrada em 10 de maio no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e faleceu ontem na unidade. A última vítima contabilizada do dia era uma moradora do Guará que faleceu na segunda-feira. Ela tinha hipertensão e obesidade, e estava internada desde domingo. 
Incidência
Com 515 casos confirmados, o Plano Piloto continua na liderança do ranking das regiões administrativas com mais registros de coronavírus. Em seguida, estão Ceilândia, que soma 379 diagnosticados, e Águas Claras, com 301 infectados. Apesar da quantidade, há cidades da capital com pouca incidência da covid-19. Varjão, por exemplo, tem apenas três notificações. Fercal (4) e Sobradinho (17) também apresentam baixa taxa de contaminação. 

Com 1.425 diagnosticados, a maioria dos pacientes com coronavírus do DF tem entre 30 a 39 anos. O segundo grupo etário com mais diagnosticados tem idade entre 40 a 49 anos. A menor incidência da doença está entre crianças e adolescentes de zero a 19 anos, que somam apenas 210 notificações. Além disso, há 636 pessoas infectadas com mais de 60 anos, consideradas do grupo de risco. 

Dos diagnosticados, 293 estão internados em unidades de saúde. Desses, 125 estão em unidades de terapia intensiva (UTIs) e 168 em enfermarias. Desde 21 de abril, a Secretaria de Saúde iniciou a testagem rápida da população pelo modelo drive-thru. De acordo com a pasta, 81.715 pessoas fizeram o exame dessa forma e 15.522 em hospitais ou unidades de pronto atendimento (UPAs). 


Volta às aulas

Uma pesquisa do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF), divulgada ontem, revela que 70% dos pais de alunos da rede particular apoiam o retorno às aulas em julho. Em um questionário de múltipla escolha, a maioria das indicações foi para o dia 15/7. De acordo com o levantamento, 24% dos pais defendem a volta em junho, mês para o qual está previsto o retorno das atividades escolares de acordo com o decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB). Apesar do interesse, o governador afirmou, ontem, que a retomada dos estudos nas escolas deve acontecer apenas em agosto. O levantamento mostra também que 73,8% dos pais e/ou responsáveis pelos alunos das escolas particulares apoiam o retorno gradual e em grupos. Outros 26,2% consideram inviável o retorno gradual no momento.



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