postado em 20/05/2020 13:21
Internos de casas de acolhimento do DF terão atendimento virtual de saúde. O Governo do Distrito Federal (GDF) oferecerá o serviço por meio de uma plataforma virtual para evitar encaminhamento de pacientes a hospitais, unidades de pronto atendimento (UPA’s) e unidades básicas de saúde (UBS’s).
A plataforma vai conectar o profissional da saúde voluntário com pessoas em instituições de acolhimento, como asilos, orfanatos, casa de mulheres em situação de vulnerabilidade e de medidas socioeducativas. O Projeto Rede Convida será realizado em parceria com a organização da sociedade civil Glória e foi lançado em cerimônia, no Palácio do Buriti, na manhã desta quarta-feira (20/5).
Os primeiros atendimentos serão realizados a partir da próxima semana. Cinco instituições foram convidadas a participar do projeto-piloto. São elas, a Unidade de Acolhimento para Idosos (Unai), Unidade de Acolhimento para Família (Unaf), Unidade de Acolhimento para Mulheres (Unam), Unidade de Internação Provisória São Sebastião (UIPSS) e a Casa Abrigo.
Segundo o vice-governador do DF, Paco Britto (Avante), a iniciativa visa reduzir a busca por atendimento no sistema público de saúde e os riscos de infecções por covid-19. “O atendimento é online. A plataforma digital conecta o profissional aos pacientes, promovendo maior segurança a essas pessoas. Evita a corridas às UPA’s e UBS’s, diminuindo a aglomeração e o risco de contaminação pelo coronavírus”, disse.
Por meio da plataforma será possível gerenciar e agendar
consultas, registrar prontuários e prescrições médicas. “Junto com vários parceiros, criamos essa plataforma.
A iniciativa tem como sonho levar a medicina onde é difícil de chegar. Contamos com apoio de médicos voluntários, psicólogos e profissionais que estão doando o seu tempo”, explicou a médica Natália Polidorio, uma das idealizadoras do projeto.
Secretária de Desenvolvimento Social e primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha afirmou que a iniciativa facilitará o acesso a tratamentos de urgência. “O programa vai levar os médicos, nesse momento de pandemia, a prestarem o atendimento que, muitas das vezes está em dificuldade. Nas casas de acolhimentos, temos mulheres que vivem em situação de violência, por exemplo. Temos como colocá-las em atendimento com grande médicos. Vamos ter facilidade e agilidade no encaminhamento dessas pessoas que precisam”, disse.
De acordo com a secretária, o projeto deve ser incorporado ao sistema de saúde do DF, mesmo após à pandemia de coronavírus. “Inicia-se agora, mas a ideia é sim que ele perdure. Essa é a tendência. Juntar medicina com incentivos de telecomunicações e de rede”, pontuou.
De acordo com o secretário de Juventude, Léo Bijos, o investimento financeiro por parte do GDF foi nulo. “Decidimos por uma ação institucional, para a gente ter um arco com diversas secretarias. Já tem dado certo. Custou zero para o DF. Precisamos apenas de uma doação pessoal minha, de webcams, e dos computadores que já tínhamos no GDF, além da cooperação dos médicos”, afirmou o secretário
Voluntários
Segundo o GDF, até o momento, o banco de dados da Rede Convida conta com 250 voluntários inscritos. Tratam-se de médicos e estudantes de medicina, profissionais de psicologia, enfermagem, fisioterapia e odontologia. Também participam profissionais das áreas de comunicação, logística, gestão e suporte de Tecnologia da Informação. A Rede Convida conta ainda com o apoio da Universidade de Brasília (UnB), do Projeto The Medical Explorer e do Projeto Ciranda Sertaneja.
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