Cidades

Padrasto é preso após estuprar a enteada por sete anos consecutivos

A vítima começou a ser abusada sexualmente quando tinha 7 anos, mas só teve coragem de denunciar o crime atualmente, com 14. O suspeito está preso preventivamente

Correio Braziliense
postado em 28/05/2020 13:44
Mulher com a mão a frente do rosto, sobre os olhos.Um homem, de 56 anos, foi preso preventivamente por estuprar a enteada por sete anos consecutivos. Os abusos começaram quando a menina tinha 7 anos. A vítima só teve coragem de denunciar o crime atualmente, com 14 anos, após romper o silêncio e conversar com um irmão. Agentes da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O) detiveram o acusado no fim da tarde de quarta-feira (28/5). 

Segundo o delegado Hermes Dantas, adjunto 24ª DP, o caso foi descoberto no início do ano, quando o homem chegou na unidade para denunciar que tinha sido espancado. “Quando começamos a apurar o motivo das agressões, soubemos que tinha sido porque ele abusou sexualmente da enteada. Então, passamos a investigar o estupro”, explica. 

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Os abusos vieram à tona quando o irmão da vítima foi morar com ela, a mãe e o padrasto. De acordo com o investigador, ele percebeu “atitudes estranhas do homem com a menina. Ele não chegou a presenciar nenhum crime, mas notou que o tratamento não era normal.”

Ao notar a situação, o irmão questionou a garota. “Foi quando ela decidiu contar que era abusada pelo padrasto desde os 7 anos. Na delegacia, ela nos relatou que os crimes ocorriam quando a mãe ia trabalhar e a vítima ficava sozinha com o agressor. Em alguns dias, ela chegava a ser estuprada mais de uma vez”, afirma Hermes Dantas.

O delegado coletou o depoimento da vítima, da mãe e do irmão. A apuração não indicou que a mulher do suspeito era conivente com os estupros da filha. “Também conseguimos recuperar mensagens que o acusado enviava para a garota, de cunho sexual”, detalha.

Com as provas dos abusos, a 24ª DP representou pela prisão preventiva do padrasto. A Justiça concedeu o mandado, mas o acusado fugiu. “Certamente ele percebeu que seria punido pelos crimes. O acusado deixou uma carta para a mãe da vítima, afirmando que tinha ido embora, mas voltaria depois”, relata.

Os policiais passaram um mês procurando pelo suspeito, que ficou morando de favor na casa de familiares e amigos. Por ser desempregado, o padrasto vivia de bicos em postos de gasolina, calibrando pneus. Ao descobrirem sobre o trabalho informal, os agentes conseguiram prendê-lo no Setor O. Ele responderá por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos.

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