Cidades

Covid-19: Fibra começará testagem gratuita de trabalhadores da indústria

Trabalhadores da construção civil serão os primeiros testados. Parceria com Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai disponibilizar, inicialmente, 10 mil testes

Correio Braziliense
postado em 28/05/2020 18:12
Começa na próxima semana a testagem gratuita de trabalhadores da indústria do Distrito Federal para covid-19. Em entrevista ao Correio, o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Jamal Bittar, explicou que estarão disponíveis, inicialmente, 10 mil testes, em ação em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os primeiros contemplados serão os funcionários da construção civil. Em seguida, os demais segmentos - mobiliário, gráfico, mecânico, entre outros - serão atendidos.
 
Assim que a logística para aplicação dos testes for definida, a federação divulgará os locais e a data de início da ação. É provável que já na segunda-feira (1º/6) os primeiros trabalhadores comecem a ser testados.
 
Outra parceria, dessa vez com Sesi e Senai, tem permitido auxílio importante no enfretamento à pandemia do coronavírus. Oitenta respiradores estão sendo recuperados e devolvidos, sem custos, para o Governo do Distrito Federal. Além disso, até a semana que vem, 500 milhões de máscaras faciais, para evitar contágio, estarão prontas para distribuição gratuita à população. A expectativa é de que esse número chegue a 1 milhão até o fim de junho.
 
A produção desses equipamentos de proteção individual para distribuição à população mais vulnerável - as entregas têm sido feitas pelo gpverno em pontos de grande circulação, como terminais rodoviários - foi uma das condições impostas pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) para a reabertura gradual do comércio na capital federal. 

"É um cenário impesável, triste e muito preocupante. Talvez alguma coisa parceida tenha ocorrido apenas na Segunda Guerra Mundial ou durante a Gripe Espanhola. Mas, para os tempos hoje, nada parecido", avalia Jamal Bittar sobre os efeitos sociais e econômicos da pandemia.
 
"Parece que a gente está numa fição, quando você abre o jornal e vê que tiveram mil mortes num único dia por conta de uma doença", lamenta o presidente da Fibra. "O que precisamos ter é esperança e otimismo, sempre, de as coisas começarem a fluir, de forma responsável e gradual", completa.
 
Para a indústria do DF, afirma ele, o cenário começou a se agravar por volta de 15 dias após o fechamento do comércio, por meio de decreto que teve como objetivo evitar a disseminação do coronavírus. Com a ponta da cadeia paralisada, a produção passou a virar estoque e o setor sentiu o peso da crise causada pela covid-19. 
 
O índice de confiança dos empresários do setor caiu de 50% em abril para 39,8% em maio. E a queda na intenção de investimento também foi grande: de 42,8% para 20,9% - menos da metade. "Você precisa do comércio funcionando para poder girar a roda da economia, isso não é novidade", afirma Bittar. Agora, com a reabertura, se as contaminações forem mantidas sob controle, a expectativa é de que haja retomada.
 
Os resultados, no entanto, só devem ser vistos a partir do segundo semestre. "Serão necessários pelo menos 60 dias para que a gente tenha respostas mais adequadas: ter demanda para os estoques começarem a ser consumidos e a produção começar a ir para os níveis normais. Não é coisas rápida", avalia.
 
Apesar disso, o presidente da Fibra considera que a capacidade de recuperação do setor é grande e deve ter como gancho a construção civil. "A construção civil tem volume, recursos e, principalmente, capacidade de apresentar resultados rápidos", finaliza.
 






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