Correio Braziliense
postado em 01/06/2020 04:31
Apesar da liberação da maior parte das atividades comerciais na capital, o governador Ibaneis Rocha (MDB) fez um apelo à população, ontem, e pediu que as pessoas sigam as recomendações e respeitem o isolamento social. “Nosso apelo é ‘cuide-se’. Nós, da saúde e do governo, podemos lhe dar um ambiente hospitalar, mas não podemos lhe garantir a vida”, afirmou o emedebista, em vídeo. “Então, por favor, fiquem em casa, só saiam se for necessário”, acrescentou.
Ibaneis destacou a necessidade de que as pessoas usem máscaras e álcool em gel. “Nós temos que tomar um cuidado especial. Estamos tendo um aumento no número de casos e precisamos da sua colaboração.” O governador reforçou o pedido para que populações de regiões periféricas, como Ceilândia e Sol Nascente, onde houve aumento de casos, sigam as orientações.
O governador também falou sobre a reabertura do comércio. Na semana passada, parte das atividades econômicas foi retomada, com a abertura de lojas de rua e shoppings. Ele, no entanto, ressaltou que é preciso ter atenção para evitar a necessidade de voltar atrás nas decisões. “Vocês, comerciantes, que agora têm a oportunidade de retomar atividades, façam isso com responsabilidade. Não nos obriguem a tomar medidas mais duras”, alertou.
Riscos
Boletim da Universidade de Brasília (UnB), com análise dos pesquisadores da instituição sobre a covid-19 na última semana, mostra que os decretos de flexibilização do comércio estão ligados ao aumento de mortes na capital. “A relação é indireta. Quando se faz decretos que estimulam o aumento do contato e da relação entre as pessoas, aumenta-se a transmissão. Com isso, o número de casos cresce e, por fim, também o de óbitos”, explica o epidemiologista da UnB Jonas Brandt. Na avaliação do professor, a flexibilização do comércio foi precoce. “O DF está adotando ações de relaxamento sem ter conseguido controlar a epidemia.”
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