Cidades

Após paralisação, pagamento integral de rodoviários deve sair até segunda

Sem receber, trabalhadores pararam por quase duas horas e meia em alguns pontos do DF

Correio Braziliense
postado em 05/06/2020 20:31
Sem receber, trabalhadores pararam por quase duas horas e meia em alguns pontos do DFCom 100% da frota rodando normalmente e a redução do uso do transporte público no DF, as empresas que atuam no sistema tiveram dificuldades de realizar o pagamento integral dos salários dos rodoviários. Sem receber, motoristas fizeram uma paralisação de quase duas horas e meia no final da tarde desta sexta-feira (5/6) em alguns pontos do DF. 

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Contudo, de acordo com o Sindicato dos Rodoviários, a situação teria voltado ao normal após uma reunião com a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob). "O secretário e o governador entenderam a gravidade do problema. Fizeram o pagamento do tíquete e garantiram que até segunda-feira, até as 16h, farão o pagamento do salário", explicou José Wilson Cabral Filho, secretário-geral do sindicato. 

A paralisação desta tarde ocorreu no Guará 2, na Estrutural, em um terminal do Gama, de Santa Maria, do PSul e da QNQ, em Ceilândia. Segundo Wilson, caso o acordo não seja cumprido, os motoristas voltam a parar. "Mas acreditamos na palavra do governador. Como é um serviço essencial neste momento, ele entende que é preciso continuar rodando desta forma para não agravar a contaminação da população". 

A Associação das Empresas de Transporte e Mobilidade (DFMob) também está confiante de que receberá o repasse do Governo do Distrito Federal para efetuar os débitos. Em nota, a DFMob informou que foi a primeira vez que a remuneração dos colaboradores de algumas das empresas de ônibus associadas não foi integralmente realizada no dia 5, como previsto no Acordo Coletivo de Trabalho. 

Os empresários haviam notificado o Executivo local sobre as dificuldades de honrar a folha de pagamento diante da decisão da Justiça que impediu o repasse do auxílio emergencial por parte do GDF às prestadoras de serviço. A situação é complexa, uma vez que, apesar da redução da demanda em decorrência das medidas de distanciamento social, a frota segue a pleno vapor e os custos operacionais não mudam. 
 
"O desafio financeiro é enorme, mas as empresas entendem a complexidade do momento e têm consciência da importância de manter todos os ônibus nas ruas. Vale destacar que as empresas associadas à DFmob também não realizaram demissões nem reduções de jornada, mantendo suas operações em pleno funcionamento". 
 
A Semob, por meio da assessoria de imprensa, explicou que o governo vai repassar aos empresários o pagamento de gratuidade (PLE, PNE) e o complemento tarifário que é ordinário do contrato. "As empresas entraram com o pedido de reequilíbrio do contrato, o que está sendo estudado pelo governo". 



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