Cidades

Regiões carentes do DF estão mais propensas à circulação da covid-19

Estudo produzido por pesquisadores da UnB questiona o afrouxamento do isolamento social e alerta para possível sobrecarga no sistema de saúde

Correio Braziliense
postado em 05/06/2020 22:21
Ceilândia ocupa primeiro lugar entre as regiões administrativas do DF com o maior número de casosAs regiões administrativas mais carentes do Distrito Federal estão mais propensas a propagação do novo coronavírus, como aponta o boletim Covid-19 UnB em Ação, iniciativa da Universidade de Brasília. A quarta edição do informe traz dados referentes ao avanço do vírus no Brasil e na capital da República entre 1° e 5 de junho. 

Pesquisadores da UnB chegaram a conclusão de que nestas cidades com menor PIB per capita, a doença passa a ganhar velocidade de transmissão. Os estudiosos questionam o afrouxamento do isolamento social no DF e fazem um alerta. “O governo local propõe a exposição de pessoas em maior intensidade ofertando a retomada de atividades comerciais que promovem acumulação de pessoas, denotando à população um ato de que não precisa realizar distanciamento social, o que promoverá a exaustão do sistema de saúde em pouco tempo”, consta no documento. 

O informe leva em consideração o boletim dos casos divulgado pela Secretaria de Saúde. Nesta sexta-feira (5/6), o DF atingiu o recorde na quantidade de notificações (1.285). Ceilândia ocupa o primeiro lugar no número de pessoas infectadas (1.601), seguido pelo Plano Piloto (1.226), Taguatinga (982) e Samambaia (890). A capital registrou 181 mortes em decorrência da doença.

No gráfico elaborado pelos pesquisadores, é possível ver a curva ascendente. Os professores contabilizam 88 dias, desde o primeira infecção por covid-19 na capital (veja abaixo). 
 
Gráfico mostra curva ascendente dos casos de covid-19 no DF 

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