Cidades

"Passando o chapéu" virtualmente

Em busca do sustento, artistas de rua do Distrito Federal precisam reinventar-se com apresentações na internet, contribuições por transferência bancária e vaquinhas on-line

Correio Braziliense
postado em 06/06/2020 04:07
Com o isolamento social como medida importante para achatar a curva de contaminação do novo coronavírus, muitos artistas do Distrito Federal ficaram sem o principal palco para a busca do pão de cada dia: a rua. Frequentar pontos movimentados das cidades, que antes podia ser uma fonte de renda, tornou-se um risco de contaminação. Acostumados a conviver com problemas como preconceito social e receita econômica incerta, agora os artistas de rua precisam lidar com a falta de público.

“As dificuldades são grandes. O artista de rua é um aglomerador inconsequente de pessoas. Gostamos de misturar todo mundo e colocar o público para viver aquele ritual. Então, é difícil até para quem segue trabalhando nos semáforos, porque está correndo um risco. Traz uma insegurança quando alguém vai contribuir e abaixa o vidro do carro, entre outros fatores”, conta o palhaço Aipim, que está isolado em casa, sem se apresentar nas ruas.

Para suprir a ausência de plateia e conseguir receita para pagar as contas, muitos artistas, acostumados a se apresentarem em pontos da capital, migraram para as redes sociais, “passando o chapéu” de forma on-line, por meio de contribuições por transferência bancária e vaquinhas na internet.

*Estagiário sob a supervisão de Adson Boaventura

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