Cidades

Vendedor de pamonha que aplicava golpes fez mais de 10 vítimas, diz polícia

O homem, identificado como Alef da Silva Moreira, de 27 anos, trafegava pelas vias da região dentro do carro anunciando a venda do alimento. No momento do pagamento, o criminoso visualizava a senha do cartão bancário da vítima e simulava problemas técnicos nas máquinas de cartão

Mais três pessoas procuraram a 4ª Delegacia de Polícia (Guará) para denunciar Alef da Silva Moreira, 27 anos. O homem vendia pamonhas pelas ruas do Guará e aplicava golpes após captar as senhas dos cartões dos consumidores no momento do pagamento. Até o momento, 11 clientes foram vítimas do criminoso, como informou o delegado à frente do caso, João Ataliba. 

Investigações apontam que o suspeito trafegava pelas vias da região dentro do carro anunciando a venda de pamonhas. De acordo com o delegado, no momento do pagamento, o criminoso visualizava a senha do cartão bancário da vítima e simulava problemas técnicos nas máquinas de cartão. "Após isso, aproveitando-se do descuido do consumidor, ele (acusado) pegava a máquina sob o pretexto de consertar e, com o cartão da vítima inserido, utilizava a senha e realizava compras indevidas", detalhou. 
 
O investigador ressalta que, após debitarem as quantias indevidas da conta dos clientes, os autores efetuavam as compras corretas, entregando o comprovante. O consumidor, no entanto, só percebia que tinha sido vítima de um golpe após verificar o extrato bancário. Além de Alef, a mulher dele e um amigo participavam da quadrilha. 
 

Repercussão

Nas redes sociais, o caso gerou revolta. Em um grupo no Facebook composto por moradores do Guará, algumas pessoas reconheceram o criminoso após a reportagem ir ao ar. Uma mulher relatou ter sido vítima do golpe. “Ele me passou o golpe. Eu comprei R$ 10 e ele passou R$ 100. Ficou por um tempo sem aparecer, quando ele passou falou que iria devolver (o dinheiro) e me deu um telefone de uma pamonharia. Mas nunca devolveu”, escreveu. 
 
Muitas pessoas afirmaram que compravam frequentemente as pamonhas. “Comprava aqui na QE 25. Acho uma pena se envolverem nisso. Perderam oportunidade de levar uma vida sem problemas”, relatou uma outra mulher. 
 
Os autores foram interrogados e responderão em liberdade. Caso condenados podem pegar de um a três anos de prisão pelo delito de associação criminosa e de dois a oito anos por cada crime de furto mediante fraude perpetrado. A polícia divulgou a foto do acusado, pois acredita que ele tenha feito mais vítimas na cidade.