Cidades

DF registra deflação pelo terceiro mês consecutivo; IPCA variou -0,58%

A deflação expressiva no mês de maio ilustra a situação atípica vivida atualmente no Brasil e no mundo em função da pandemia da covid-19

Correio Braziliense
postado em 10/06/2020 20:21
DF registra deflação de -0,28% no IPCA em maioO Distrito Federal registrou deflação pelo terceiro mês consecutivo no Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com levantamento divulgado pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) nesta quarta-feira (10/6), o DF teve variação de -0,28% no mês maio em relação a abril, quando a taxa registrada foi de -0,58%. 

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que também calcula os índices do país. Brasília aparece com a terceira menor taxa avaliada entre as regiões pesquisadas, com -0,86% no acumulado do ano. Curitiba teve deflação de -1,46% no ano e Goiânia apresentou variação de 1,25%.  

Divulgado mensalmente, IPCA registra a variação dos preços de produtos e serviços, sendo o indicador oficial da inflação no país. A deflação expressiva no mês de maio ilustra a situação atípica vivida atualmente no Brasil e no mundo em função da pandemia da covid-19. 

No Distrito Federal, shoppings, restaurantes e o comércio em geral tiveram suas atividades suspensas desde 19 de março, com orientações ao público para permanecer em casa o máximo possível, inclusive em regimes de home office quando viável. Dessa forma, o perfil de consumo da população contribuiu para quedas na demanda por bens como combustíveis e artigos de residência e altas em produtos alimentícios.

Preços baixaram

Segundo o levantamento, a baixa nos preços das passagens aéreas e da gasolina influenciou no resultado da aferição do IPCA no Distrito Federal. No entanto, o índice só não caiu mais pela alta nos valores de produtos farmacêuticos. O pesquisador Renato Coitinho, da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, explica essa variação. 

“As companhias aéreas têm sido bastante afetadas pelas medidas de distanciamento social adotadas durante a pandemia do novo coronavírus”, observa. “Mesmo com o elevado valor do dólar e sinais de recuperação do preço internacional do petróleo, essa menor demanda tem provocado deflação nos preços das passagens aéreas, que já acumulam variação de -37,27% no ano”, expõe Renato.

O INPC, que mede a inflação das famílias de renda mais baixa, registrou deflação simétrica ao IPCA (-0,28%). O valor é próximo ao do resultado nacional, de -0,25%.
 
 
Com informações da Agência Brasília 

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