Cidades

Força-tarefa realiza queima controlada

Correio Braziliense
postado em 11/06/2020 04:17
A queima controlada permite a equipes de combate ao fogo uma resposta mais rápida a grandes incêndios
Para evitar incêndios de grandes proporções, uma força-tarefa realizou, ontem, queima controlada na área ambiental Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), em Planaltina. A ação foi organizada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

A Esecae foi escolhida para a ação por ter histórico de queimadas na época de seca. Em setembro do ano passado, a área de conservação teve, pelo menos, 75 mil metros quadrados queimados em incêndio florestal. A técnica utilizada na operação de ontem consiste em reduzir o material combustível dentro de uma unidade de preservação.

“Existe todo um estudo técnico por trás, onde colocar o fogo, o planejamento, o melhor dia, o horário, os melhores dias em termos de vento e temperatura para usar essa técnica de prevenção aos incêndios florestais”, explicou Carolina Schubart, responsável pelo Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do DF (PPCIF), da Sema.

Segundo o Ibram, a Esecae é uma das mais importantes reservas naturais do DF, onde ocorre o fenômeno único da união de duas grandes bacias da América Latina: a Tocantins/Araguaia e a Platina, em uma vereda de 6km de extensão. Essa característica faz dela um dos acidentes geográficos de maior expressão existentes no território nacional: as águas que ali brotam correm em duas direções opostas.

Segundo a Sema, a possibilidade de manejar áreas com a utilização do fogo é uma técnica recente no DF, mas que já vem sido utilizada em várias unidades de conservação federal, como no Parque Nacional de Brasília (PnB) e na Floresta Nacional de Brasília (Flona), dentre outras.

“A queima controlada faz com que, caso ocorram incêndios na época da seca, o controle pelas equipes de respostas seja facilitado, e que o fogo não atinja as regiões com tanta agressividade. Portanto, contribui para a preservação da fauna e flora das áreas de risco. Essa medida deve ser realizada com planejamento e, atualmente, só é permitida com autorização do Ibram. Por este motivo, está restrita às unidades de conservação a cargo de seus gestores e chefes”, informa o capitão João Henrique Correia, do Grupamento de Proteção Ambiental.

Próxima ação
Outra queima controlada será realizada, de 15 a 19 de julho, desta vez na Área de Proteção Ambiental (APA) Cabeça do Veado. Para esta área, a técnica de queima será diferente da utilizada em Planaltina; chama-se aceiro negro. “Nessa técnica, queima-se os entornos das unidades de conservação, pois é no entorno que normalmente os incêndios acontecem, devido a cigarros ou palitos de fósforo que as pessoas jogam”, explica o professor do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB), Eraldo Matricardi.




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