Cidades

Mulher e bebê mantidos reféns

Após uma briga motivada por ciúmes, o agressor impediu que a companheira e o filho deixassem a casa da família, no Riacho Fundo 2. Vizinhos acionaram a Polícia Militar, que negociou a rendição do homem e o prendeu em flagrante

Correio Braziliense
postado em 12/06/2020 04:14
Mais de 10 equipes da PMDF foram mobilizadas para atender à ocorrênciaPoliciais militares prenderam em flagrante um homem de 27 anos que manteve a companheira, de 20, e o filho do casal, de 10 meses, reféns na casa da família por mais de três horas. O agressor discutiu com a mulher por ciúmes, na manhã de ontem, e não permitiu a saída dela e da criança do local. Vizinhos acionaram a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que negociou a rendição do jovem. O caso ocorreu no Riacho Fundo 2.
Segundo o major Elisson Gonçalves Sousa, o crime mobilizou mais de 10 equipes da PMDF. “Quando chegamos ao local, o suspeito exaltou-se muito. Após conversarmos com ele, conseguimos que a companheira e o filho dele fossem liberados”, explicou o comandante do 28º Batalhão de Polícia Militar.

As vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros, mas não precisaram de atendimento hospitalar. Em seguida, os policiais mantiveram contato com o suspeito. “Nós o convencemos a ir para a área externa, mas tivemos de entrar e imobilizá-lo. Ele passou por avaliação da equipe médica do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas como não sofreu nenhuma lesão aparente, não foi necessário encaminhá-lo para o hospital”, finaliza o comandante.

Lei Maria da Penha
O agressor foi levado para a 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) e autuado por constrangimento ilegal no âmbito da Lei Maria da Penha e por desacato — este último cometido contra os militares, por tê-los xingado e agredido. Foi estipulada fiança de R$ 2 mil. Até o fechamento desta edição, o suspeito não tinha pagado o valor e, portanto, permanecia detido.

Segundo o delegado plantonista Guilherme Sousa Melo, que recebeu a ocorrência, a discussão entre os dois ocorreu por volta das 9h30. “Em meio à briga, ele chegou a esconder as chaves de casa e obrigou que a mulher ficasse na residência contra a própria vontade. Na delegacia, a vítima não quis representar contra o homem e negou ter sido vítima de violência doméstica anterior. Mas, mesmo assim, o autuamos pelos crimes”, afirma.


Onde buscar ajuda

» Polícia Militar
190

» Ministério dos Direitos Humanos 
Disque 100

» Polícia Civil
197, (61) 9 8626-1197 (WhatsApp) ou pela Delegacia Virtual: www.pcdf.df.gov.br/servicos/197/violencia-contra-mulher

» Delegacias regionais*
Atendimento presencial, 24 horas por dia

» Delegacia Especial de Atendimento à Mulher 1 (Deam)*
Endereço: Entrequadra 204/205 Sul
Telefone: 3207-6172
Atendimento ininterrupto

» Delegacia Especial de Atendimento à Mulher 2 (Deam 2)*
Endereço: Praça da Estrela, Centro Metropolitano — Ceilândia
O local funciona na mesma área da 15ª Delegacia de Polícia
Telefone: (61) 3207-6020
Atendimento ininterrupto

» Centro de Atendimento à Mulher (Ceam)
De segunda a sexta-feira, das 10h às 16h30
Asa Sul: Estação do Metrô 102 Sul
Telefone: 3323-7264
Ceilândia: QNM 2, Conjunto F, Lote 1/3 – Ceilândia Centro
Telefone: 3373-6668
Planaltina: Jardim Roriz, Área Especial, Entrequadras 1 e 2 – Centro
Telefone: 3389-8189 / 9 9202-6376

» Programa de Prevenção à Violência Doméstica da Polícia Militar (Provid)
Telefones: 3910-1349 / 3910-1350

» Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher (Nudem)
Telefone e WhatsApp: 9 9359-0032
E-mail: najmulher@defensoria.df.gov.br 

* A vítima não precisa mais realizar a denúncia presencialmente, basta acionar a PCDF pelo telefone ou site



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