Correio Braziliense
postado em 16/06/2020 18:27
Com 17 votos, sendo quatro contrários, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou em primeiro turno o projeto de lei de autoria do Deputado Delmasso (Republicanos) que determina como atividade essencial o funcionamento de igrejas e templos religiosos durante decretos de calamidade pública, como a atual pandemia em decorrência da covid-19. Com isso, caso seja aprovada em segundo turno e depois sancionada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), o governo não poderá mais fechar estas unidades em decretos que se justifiquem pela manutenção do isolamento. As atividades religiosas estarão autorizadas independente destas medidas.Os deputados Arlete Sampaio (PT), Fábio Félix (Psol), Leandro Grass (Rede) e Reginaldo Veras (PDT) foram contrários à proposta. Durante as questões de ordem, os parlamentares questionaram que a medida poderia soar como um incentivo à formação de aglomerações, que as atividades religiosas não estão proibidas dentro das casas dos cidadãos brasilienses e que a determinação de atividade essencial não seria uma competência do legislativo
“Há uma confusão enorme acontecendo nessa discussão. Uma coisa é a liberdade religiosa e ela precisa ser garantida. Ela é princípio constitucional. Cada um pode fazer o exercício do seu credo religioso seja ele qual for, e não importa se tem pandemia, epidemia, ninguém pode entrar na casa de ninguém e derrubar um santo, e impedir um culto. A CLDF, inclusive, não legisla sobre isso. O que nós estamos fazendo com esse projeto é confundir a população do DF dando uma informação errada, dizendo que é a gente quem fala o que é atividade essencial e a gente sabe que não é nosso papel. Segundo, nós podemos induzir líderes religiosos e entidades divergem sobre essas orientações da pandemia, de que é normal, mesmo em uma pandemia, fazer grandes aglomerações, e não é normal”, ponderou Fábio Félix.
Saiba Mais
O segundo turno está previsto para ser votado nesta quarta-feira (16/06).
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.