Cidades

Presidente da CNBB diz que extremistas não podem "desfigurar a democracia"

Dom Walmor Oliveira de Azevedo manifestou-se após ameaças ao bispo auxiliar de Brasília dom Marcony Vinícius Ferreira, que levaram ao fechamento da Esplanada dos Ministérios

Correio Braziliense
postado em 17/06/2020 22:06
Catedral de BrasíliaApós ameaças ao bispo auxiliar de Brasília dom Marcony Vinícius Ferreira, feitas por remanescentes do grupo extremista  do acampamento dos 300 do Brasil, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, manifestou-se sobre o episódio, nesta quarta-feira (17/6).  
 
“Nosso incondicional apoio e solidariedade a dom Marcony Vinícius Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, que no exercício de seu ministério, na missão de zelar pelo bem de todos — a Catedral Nossa Senhora Aparecida — foi vítima de ameaças”,  escreveu dom Walmor, que salientou que as igrejas não servem a propósitos político-partidários, e a oração e o serviço aos mais pobres. 
 
O grupo tentou ocupar território da Catedral Metropolitana Nossa Senhora de Aparecida, mais conhecida como Catedral de Brasília, nesta terça-feira (16/6), o que .
 
Dom Walmor chama a atenção, também, para a violência e extremismo que vêm crescendo no Brasil e cobra ações das autoridades a fim de garantir a paz e segurança da população. “Esses grupos não podem continuar a desfigurar a democracia brasileira, com ataques às instituições, à religião e a quem mais não compartilha com as suas visões de mundo. Conviver com as diferenças é condição básica para a civilidade”, disse.
 
Para o presidente da CNBB, “a ameaça a dom Marcony Ferreira é uma agressão que fere toda a Igreja Católica no Brasil” e espera celeridade na apuração deste crime por parte das forças de segurança.


Entenda o caso

De acordo com a Arquidiocese de Brasília, na manhã de terça-feira (16/6), um grupo de manifestantes foi até a Catedral de Brasília pedindo para acampar no local. No entanto, o bispo auxiliar Dom Marcony Vinícius Ferreira recusou. Em nota, a igreja informa que a negativa ocorreu tanto em função da impossibilidade de acolher aglomerações quanto para proteger a integridade física da Catedral. “Além de representar um monumento tombado, é um local de culto e que deve ser protegido contra qualquer ameaça”, diz o texto.

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