Correio Braziliense
postado em 18/06/2020 04:07
Após cerca de três meses de fechamento, as feiras do Distrito Federal retomaram as atividades ontem. Apesar de o Sindicato de Feirantes do Distrito Federal (Sindifeira) ter constatado baixo movimento no geral, na Feira dos Importados houve filas para medição de temperatura e aglomerações do lado de fora. A estimativa da Cooperativa da Feira dos Importados (Cooperfim) é de que 3,5 mil pessoas tenham passado pelo local, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Muitos aproveitaram para fazer compras ou resolver pendências.
Na entrada principal, duas pessoas mediam a temperatura dos clientes, para, então, passarem por um túnel de desinfecção. Enquanto esperavam, alguns desrespeitaram as marcações no chão, que delimitavam o distanciamento social. “Hoje (ontem), foi o primeiro dia, e muitas pessoas estavam ansiosas em resolver as coisas. A situação vai se normalizar”, disse o presidente da cooperativa, Damião Leite Soares. Ele acrescentou que ampliará as marcações para motivar os clientes a respeitarem a distância. “A gente vai continuar observando a questão da logística. Se houver a necessidade de abrir mais um portão para atender aos clientes, a gente vai abrir”, garantiu.
Além da aferição de temperatura e da instalação do túnel, a cooperativa disponibilizou álcool em gel para os clientes em diversos pontos da feira e orientou os lojistas a colocarem o produto nas bancas. A fisioterapeuta Jéssica Ribeiro, 28 anos, e a arquiteta Gabriela Brunatto, 28, aproveitaram os retorno do comércio para comprar um relógio. Apesar da fila, elas elogiaram as medidas adotadas. “A fila lá fora não estava demorando muito. Achei interessante o túnel, a medição de temperatura, o álcool em gel. Eu senti-me segura”, analisou Jéssica. “A gente foi a uma banca em que o dono estava limpando todo o estoque com álcool. É bom ver que as pessoas estão tomando cuidado”, disse Gabriela.
Thamires Cristina Ferreira, 27, funcionária de uma banca, organizava os acessórios para celular na expectativa de boas vendas. “Precisamos de recuperar o tempo perdido, ficamos muito tempo sem trabalhar”, afirmou. Ela garante que faz a limpeza dos produtos e da máquina de cartão com frequência. Para ela, todo cuidado é fundamental. “A gente fica um pouco seguro com as medidas, mas, mesmo assim, é difícil. Todo mundo saindo para trabalhar, muita gente indo e vindo. A gente nunca sabe. Mas a feira está tomando as devidas medidas, e a gente vai poder trabalhar tranquilo”, completou.
Fiscalização
Na Feira dos Importados de Taguatinga, não havia filas pela manhã. A entrada também era feita por um único portão, com medição de temperatura e álcool em gel à disposição. “Estamos aqui com álcool em gel, higienizando as mãos, não tiramos a máscara”, explicou a gerente de banca de óculos Thays do Nascimento, 23. No entanto, do lado de fora, era possível observar a venda e o consumo de alimentos por ambulantes e uso de máscaras de forma errada.
Para o presidente do Sindifeira, Francisco Valdenir Machado, o retorno do movimento deve demorar. “Há muita expectativa por parte dos feirantes, mas o consumidor está muito tímido. Muitos ainda estão receosos de ir à feira”, analisou. “(O protocolo) Está sendo cumprido à risca: a medição de temperatura, a disponibilização de álcool em gel”, ressaltou.
Em nota, a DF Legal informou que a fiscalização das feiras ocorreu normalmente ontem, com apoio da Polícia Militar. Sobre o descumprimento do distanciamento na Feira dos Importados, o órgão ressaltou que, depois de verificada a aglomeração de pessoas na entrada, “a equipe solicitou uma distância mínima entre as pessoas que ali estavam. O horário de funcionamento foi respeitado, conforme previsto pelo Decreto nº 40.882/20 e cinco ambulantes foram retirados do local”. As feiras dos Goianos, da Ceilândia e a Permanente da Estrutural também foram vistoriadas ontem.
Podem funcionar
Podem funcionar
» Feiras permanentes
» Feiras livres
» Feiras populares e afins
Obs: praças de alimentação e
consumo no local seguem proibidos
Horário:
Das 9h às 17h
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