Cidades

Covid-19: Setor privado de diagnósticos do DF adquiriu 200 mil testes

Um levantamento do Sindilab-DF apontou que, em três meses, o mercado conseguiu abastecer as unidades privadas do DF

Correio Braziliense
postado em 19/06/2020 15:43
Ao todo, a capital tem 172 empresas do ramo e 282 unidades de saúde foram abastecidas com os examesEm três meses, o setor privado de diagnósticos do Distrito Federal adquiriu 200 mil testes para a detecção do novo coronavírus. O dado foi apontado por um levantamento realizado  pelo Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab-DF), entre 11 de março e 11 de junho. Ao todo, a capital tem 172 empresas do ramo e 282 unidades de saúde, associadas ao sindicato, que foram abastecidas com os exames.

Com a pandemia da covid-19 e o crescimento contínuo dos casos no DF, a demanda nos laboratórios para detectar a doença corresponde a 40%. Segundo o sindicato, os dois principais tipos de testes estão disponíveis para a população: os de detecção direta, através de PCR (detecção de RNA viral), e os testes rápidos por imunocromatografia (detecção de anticorpos IgM e IgG). 

“É uma marca histórica tendo em vista que, há pouco mais de 75 dias, as incertezas não nos permitiam saber se conseguiríamos oferecer testes suficientes para a população do DF diante da escassez dos kits prontos e insumos por causa da alta demanda global”, ressalta o presidente do Sindilab, Alexandre Bitencourt.

Dos dois testes disponibilizados na rede privada de diagnósticos, associada ao Sindilab, o PCR tem custo médio de R$ 280 a R$ 300 reais. Apesar de mais caro, tem o diagnóstico tecnicamente mais assertivo. Ele responde por uma fatia menor do volume total de testes, atingindo a marca de 30% da demanda no setor. Deste, 80% foram custeados por planos de saúde. 

Já o teste sorológico, que custa entre R$ 150 e R$ 200 reais, corresponde aos 70% restantes dos exames realizadod. Essa é a opção mais procurada pelo próprio paciente ou pelo empregador. “A gente ficou feliz com a procura, porque mostra que a iniciativa privada tem condições de atender à demanda de Brasília, que é a maior cidade do Brasil de plano de saúde per capita”, disse Alexandre.

Cobertura
 
Os planos de saúde podem cobrir apenas o teste PCR. Para realizá-lo, é necessário ter um pedido médico contendo a indicação específica e Classificação Internacional de Doença (CID), para que o plano autorize a cobertura. “Por ser mais complexo, mais específico e, consequentemente, mais caro o acesso acaba sendo mais restrito”, explica Alexandre. 

O PCR pode ser realizado com a coleta da secreção nasofaringe mesmo com o paciente assintomático, pois a partir do quinto dia de contaminação é possível, pela amplificação do material genético, a detecção do vírus vivo na secreção coletada. O Sistema Único de Saúde (SUS) considera um paciente positivado para o novo coronavírus caso tenha feito o PCR. Geralmente, ele é realizado após o paciente passar pelo testes rápidos.

De acordo com o Sindilab, mais de 50% das empresas do setor instaladas no DF têm realizado testes a pedido de clínicas e hospitais da rede privada. O levantamento do sindicato aponta ainda que quase 100% das empresas têm oferecido serviços, como drive-thru no próprio local ou coleta na residência dos funcionários. “A demanda por atendimento externo quadruplicou em maio no comparativo com o mês de abril”, afirma Bitencourt. 

Qual teste devo fazer?

Para esclarecer a população sobre qual dos dois tipos de testes disponíveis realizar, o presidente do Sindilab ressalta que depende do caso e que o importante é buscar a orientação de um médico ou de um profissional de empresas laboratoriais ou de diagnóstico. 

Depende da fase diagnosticada da doença. Se estamos falando da fase aguda, o melhor exame é o por PCR, que analisa o material genético do vírus. Por outro lado, se o paciente já não está mais sintomático e quer saber se já teve a doença, o melhor exame é o por sorologia, onde se analisa a dosagem de anticorpos no sangue”, explica Alexandre.

Segurança

Saiba Mais

O presidente do Sindilab disse ainda que muitos pacientes com outras doenças têm abandonado o tratamento por medo do coronavírus. Ele ressalta que os laboratórios e clínicas de diagnósticos do DF estão preparados para atender a todos. “Estamos conscientizando a população que não abandone os tratamentos. Os laboratórios estão sanitizados, tem pessoal preparado e treinado”, destacou Alexandre. 

“Além disso, estamos falando de profissionais apaixonados pela profissão. Gente que trabalha 24 horas por dia. São pessoas que ajudam muito, desde o primeiro dia e que, muitas vezes não são lembradas. E fazem tudo isso por paixão, por vocação”, elogia o presidente do Sindilab.

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