Correio Braziliense
postado em 21/06/2020 12:25
A Esplanada dos Ministérios foi dividida para receber atos pró e contra o governo do presidente Jair Bolsonaro neste domingo (21/6). Os manifestantes se concentraram a partir das 9h e mais de 900 policiais militares, alguns a cavalo, realizaram a segurança do local.
Os apoiadores de Bolsonaro se concentraram ao lado do Museu Nacional da República e, acompanhados com carro de som, caminharam em direção ao Congresso Nacional. "A cruz significa um pedido de intervenção política, para que o presidente consiga manter a democracia e nos livre de tudo o que é nefasto", afirmava um dos organizadores, de cima do carro de som.
Os apoiadores de Bolsonaro estão em maior número e ao lado direito da Esplanada
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[SAIBAMAIS]Em meio aos discursos, os apoiadores citavam passagens bíblicas e defendiam o impeachment de juízes do Supremo Tribunal Federal (STF). "Estamos buscando a justiça. Não estamos buscando fechar o Supremo. Queremos que a lei seja cumprida, os mais de 20 pedidos de impeachment dos ministros do STF estão arquivados. Davi Alcolumbre (presidente do Senado) tem que colocar isso na mesa e é isso que pedimos. Não é nada fora da lei. O que queremos é praticar a justiça na nossa nação. Deus há de salvar essa nação", alegava outro organizador.
A analista de sistemas Keila Oliveira Silva, 46 anos, foi sozinha ao ato. "Nós precisamos mostrar nosso apoio ao presidente, que segue uma política que queremos, baseada na família e no patriotismo. O que o Supremo está fazendo é uma vergonha, liberando presos e rasgando a Constituição. Não estão fazendo ações que vão melhorar a nossa pátria. Por isso, estou aqui lutando. Não quero deixar a zona que o Brasil está para os meus filhos", disse a moradora do Tororó.
Manifestação contra Bolsonaro
Com faixas pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e contra o racismo, manifestantes contrários ao atual governo percorreram o lado oposto da Esplanada dos Ministérios.
Entoando gritos, como "Recua, fascista, recua. O poder popular que está na rua", eles saíram do estacionamento em frente ao Teatro Nacional e seguiram em direção ao Congresso.
Entoando gritos, como "Recua, fascista, recua. O poder popular que está na rua", eles saíram do estacionamento em frente ao Teatro Nacional e seguiram em direção ao Congresso.
Do lado esquerdo, está o grupo que protesta contra o racismo e o fascismo
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O grupo contra o governo do presidente pede a cassação da chapa de Jair Bolsonaro e novas eleições. Para o professor de filosofia Diogenes Francisco de Sousa Gomes, 33 anos, a campanha bolsonarista foi baseada na produção de fake news. "Precisa de apuração para que os envolvidos sejam punidos. Além disso, também sabemos que o governo apoia o fascismo e ataca minorias", pontua.
Sem violência
Os atos ocorreram sem cenas de violência, com os dois grupos respeitando a divisão, demarcada por viaturas e a polícia montada. Apenas quando as manifestações caminhavam para a dispersão, houve um princípio de tumulto, logo controlado pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), e com apoio dos organizadores.
Principio de confusão é contido na Esplanada dos Ministérios
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Em um dos vídeos que mostra o princípio de tumulto (logo acima), é possível ouvir um dos organizadores pedindo para que os manifestantes não caíssem em provocação e do outro lado haveria "lutadores de jiu-jitsu". Após a divulgação do vídeo, representantes de artes marciais procuraram o Correio para negar qualquer participação em confusões.
"Não teve nenhum problema na manifestação, foi superordeira e pacífica", disse o sensei Gustavo Labareda. "Nós da arte marcial somos extremamente disciplinados. Nós não admitimos arruaça", completou o sensei Miter.
Os policiais abordaram alguns manifestantes contrários ao atual governo. Ninguém chegou a ser detido. Ao Correio, os militares da equipe afirmaram que eles ameaçaram um pai e filho que estavam de bicicleta e que não tinham envolvimento nos protestos.
"Não teve nenhum problema na manifestação, foi superordeira e pacífica", disse o sensei Gustavo Labareda. "Nós da arte marcial somos extremamente disciplinados. Nós não admitimos arruaça", completou o sensei Miter.
Os policiais abordaram alguns manifestantes contrários ao atual governo. Ninguém chegou a ser detido. Ao Correio, os militares da equipe afirmaram que eles ameaçaram um pai e filho que estavam de bicicleta e que não tinham envolvimento nos protestos.
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