Cidades

Homem coloca fogo em ônibus na Esplanada e grita: 'Fora Bolsonaro'

Agressor foi preso em flagrante e presta depoimento na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central)

Um homem colocou fogo em ônibus que trafegava pela Praça dos Três Poderes, próximo ao Palácio do Planalto, por volta das 17h30 desta quinta-feira (25/6). Ele estava com uma garrafa de combustível nos fundos do veículo e gritava "Fora Bolsonaro". Ele acabou detido quando tentava escapar da cena do crime e prestou depoimento na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). O acusado, identificado como Claudio da Silva, apresentou fala confusa e será submetido à perícia do IML para averiguar possíveis transtornos mentais. Ele tem deficiência no braço e perna esquerdos.

No momento do incêndio, 10 passageiros estavam no ônibus. Nenhum deles ficou ferido. Mesmo com o veículo em chamas, o motorista Adilson José, 54 anos, conseguiu conduzi-lo até em frente ao Palácio do Planalto e estacioná-lo ali.
 
Usando muletas e portando uma mochila, o incendiário entrou no ônibus na rodoviária do Plano Piloto. O veículo, da empresa TCB, fazia a linha Esplanada dos Ministérios. Quando se aproximava da Praça dos Três Poderes, gritos dos passageiros anunciaram o "fogo".  
 
O responsável pelo incêndio foi o primeiro a deixar o ônibus, mas não conseguiu fugir. Ele foi pego por seguranças do Palácio do Planalto, que o entregaram à polícia. O motorista do veículo disse que nunca viu nada parecido em 30 anos de profissão. "Esse mundo está louco", afirmou. Ele começou a combater as chamas, com o auxílio de um extintor, mas não teve sucesso.
 
"O fogo estava concentrado na parte de trás do ônibus. Meu extintor esvaziou e as chamas ainda continuavam. Colegas de outros ônibus tentaram ajudar, brigadistas do Congresso também. Mas as chamas apenas foram apagadas quando a viatura do Corpo de Bombeiros chegou", disse o motorista. Outros motoristas que passavam por ali naquele momento também tentaram ajudar. O fogo só foi controlado quase 10 minutos depois, quando os bombeiros chegaram.
 
A cobradora Deusilde Santana, 53 anos, contou que, quando as portas se abriram, o incendiário deixou a muleta para trás e foi o primeiro a sair do ônibus. "Ele correu. Gritava 'fora, Bolsonaro!', mas logo foi contido pela polícia. Felizmente, ninguém se machucou. Só não sei a que horas vou chegar em casa hoje", disse a cobradora, que mora em Planaltina.