Cidades

Baleada enquanto brincava

Um disparo de arma de fogo atingiu uma menina, de 10 anos, dentro de um condomínio, em Águas Claras, ontem. Agentes tentam descobrir de onde partiu o tiro, que pegou de raspão o braço da garota. Ainda não há suspeitos

Correio Braziliense
postado em 26/06/2020 04:06
Vítima andava de patinete na quadra esportiva do prédio, na Rua 28 Norte

Em plena luz do dia, uma menina de 10 anos poderia ter ficado gravemente ferida ou até perdido a vida por causa de uma bala perdida, em Águas Claras. A criança andava de patinete no pátio do condomínio onde mora, na Rua 28 Norte, quando foi atingida de raspão por um tiro, na manhã de ontem. Hoje, ela passará por exame de corpo delito no Instituto de Medicina Legal (IML). Agentes da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) contam com imagens de câmeras de segurança para identificar o autor dos disparos. “Isso é inaceitável”, declarou o pai da garota, Rogers Gonçalves Velloso, 46.

A polícia ainda não sabe de onde partiu o disparo com arma de fogo, se foi de dentro de um apartamento, de algum outro espaço do condomínio ou da rua. Ontem, agentes realizaram a perícia no local. Em entrevista ao Correio, o pai da vítima relatou o ocorrido. Ele contou que efetuou uma reserva na administração do prédio para utilizar a quadra poliesportiva, das 10h às 11h, de ontem. “Estamos vivendo em um período de isolamento social, mas o condomínio liberou alguns serviços com restrições. Minha filha desceu comigo. Eu fiquei na quadra, e ela ficou andando de patinete”, afirmou.

Rogers disse que ouviu, por volta das 10h30,  um som forte e explosivo, mas não imaginava que pudesse ser de um disparo de arma de fogo. “Quando olhei para a minha filha, ela estava chorando e com a mão no braço. Eu corri e vi que ela tinha se machucado. Ao olhar para o chão, não acreditei que era uma bala de revólver. Coloquei a mão, e o projétil ainda estava quente”, detalhou.

A menina subiu para o apartamento, onde a mãe lavou e passou uma pomada no ferimento. Por se tratar de um tiro de raspão, ela não precisou de atendimento do Corpo de Bombeiros. O pai, que é analista judiciário, não desconfia de onde possa ter saído a bala. Segundo ele, no momento do ocorrido não havia ninguém nas dependências do condomínio. “Foi um susto muito grande, e minha filha poderia estar morta. Agora, eu só quero justiça. Descobrindo o autor, vou processá-lo”, destacou.

Em um grupo de moradores de Águas Claras nas redes sociais, as pessoas demonstraram revolta e indignação com o caso. “Nem dentro de prédio estamos seguros!”, protestou uma mulher em um comentário. “Põem armas nas mãos das pessoas erradas.... é isso!”, disse outra internauta.

Investigação


Rogers registrou boletim de ocorrência na 21ª DP. Como consta no documento, a equipe de plantão recebeu a informação, pela Polícia Militar, sobre um disparo de arma de fogo, que havia ferido uma vítima. Os militares explicaram que se tratava de uma criança de 10 anos, que teve o braço atingido de raspão pelo projétil. “O estado de saúde da menor era estável, e não houve necessidade de ser encaminhada ao hospital”, consta na ocorrência.

Segundo o delegado-chefe da 21ª DP, Alexandre Gratão, a investigação está no começo. “Vamos trabalhar com imagens das câmeras e colher depoimentos”, frisou. O condomínio informou que não se manifestará sobre o assunto. A polícia pede para que, caso alguém tenha informações sobre o autor do disparo, ligue para o Disque-Denúncia no número 197.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags