Cidades

Clubes adiam reabertura

Autorizados a funcionar desde sexta-feira, espaços recreativos decidiram postergar retomada para o próximo sábado. Medida visa preparar os estabelecimentos e reduzir riscos de contaminação

Correio Braziliense
postado em 28/06/2020 04:16
O uso de piscinas está vedado e os locais deverão obedecer a uma série de restrições estabelecidas pelo GDF

Piscinas, saunas e esportes coletivos continuarão vedados. Apesar da curva de casos de covid-19 continuar ascendente, mais medidas de restrição são flexibilizadas pelo Executivo local. Na sexta-feira, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decidiu permitir a reabertura dos clubes recreativos. Entretanto, apesar da autorização, representantes dos estabelecimentos decidiram retomar as atividades no próximo sábado (4/7), para evitar maior disseminação do novo coronavírus.

 Ontem, a capital atingiu 42.766 casos registrados e 490 mortes provocadas pela doença. De acordo com o Sindicato de Clubes e Entidades de Classe Promotoras de Lazer e Esportes do DF (Sinlazer), o tempo de espera é necessário para que a reabertura ocorra com segurança sanitária tanto dos sócios quanto dos funcionários. O texto divulgado pela entidade informa que houve uma reunião entre os dirigentes do setor ainda na sexta-feira para debater sobre os procedimentos que serão tomados para que os espaços voltem a funcionar.

“Tal deliberação considerou a necessidade de alguns dias para finalização dos preparativos que estavam em curso, levando em conta as diferenças de tamanho e de quantidade de sócios e funcionários, entre outras peculiaridades de cada clube”. O Sinlazer informou que há um protocolo com procedimentos necessários para a reabertura, que já foi encaminhado ao Executivo.

Apesar da permissão para funcionar, os clubes deverão obedecer uma série de restrições estabelecidas pelo GDF. Entre elas está o uso de equipamento de proteção individual (EPI) por todos os colaboradores, terceirizados e prestadores de serviço, disponibilização de álcool em gel 70% para todos, reforço na higienização e distanciamento entre as pessoas. Além disso, fica vedado o uso de piscinas, saunas, churrasqueiras, academias e qualquer prática esportiva coletiva.

Isolamento social

À medida que a flexibilização das medidas de restrição se acentua, o isolamento social cai no Distrito Federal. Levantamento de empresa de software que monitora a geolocalização das pessoas por meio de smartphones revela que o índice de isolamento social na capital ficou em 38,10% na última sexta-feira. A orientação da Organização Nacional da Saúde (OMS) é de que o valor fique acima dos 70% para haver efetividade no combate à disseminação de covid-19.

No cenário nacional, a capital ocupa o 11° lugar nesse quesito. A unidade da Federação que mais respeita a medida de restrição é o Amapá, que tem taxa de isolamento social de 41,81%. Em seguida, está o Acre, com 41,68%, e o Mato Grosso, com 40,16%. Os estados que menos obedecem ao distanciamento são Tocantins (32,39%), Goiás (34,62%) e Minas Gerais (35,42%).

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