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Correio Braziliense
postado em 03/07/2020 04:16

Bancada do DF quer diálogo

A bancada do Distrito Federal no Congresso Nacional quer ampliar o diálogo com o governador Ibaneis Rocha (MDB) sobre as ações tomadas recentemente no combate à pandemia da covid-19. A ideia é entender melhor qual a posição atual do governador, sobretudo, depois das decisões dos últimos dias. Foi encaminhado pela coordenadora da bancada, deputada federal Flávia Arruda (PL-DF), um pedido para que os parlamentares se encontrem com o chefe do Executivo local e conversem sobre o problema. 


Comissão

Parte dos parlamentares defende a necessidade de criação de uma comissão para fiscalizar gastos e medidas do GDF durante o período de pandemia. A ideia não é unânime, até porque também participariam da equipe distritais e representantes de entidades. Na prática, então, o provável é que se forme um grupo mais informal com parlamentares com posição mais crítica ao GDF para acompanhamento.



Ibaneis processa Sarah Winter

O governador Ibaneis Rocha (MDB) entrou com pedido de indenização por danos morais contra Sara Giromini, uma das líderes do grupo bolsonarista 300 do Brasil. Ela o chamou de bandido em um vídeo publicado nas redes sociais. O emedebista pede que ela seja condenada a pagar R$ 50 mil. A argumentação é de que a extremista extrapolou o direito de fazer críticas e usou as plataformas digitais para ofender e agredir verbalmente Ibaneis por meio de xingamentos e da promoção do discurso de ódio. A ação será julgada pela 10ª Vara Cível de Brasília.



Todo cuidado é pouco

O Ministério Público deflagrou ontem mais uma operação para investigar gastos do DF na pandemia, desta vez com relação à compra de testes. Pela urgência da situação, grande parte dos investimentos feitos neste momentos segue rito menos rígido do que o normal — com contratos emergenciais e  sem licitação. A adoção desse tipo de flexibilização é vista como justificável por especialistas em gastos públicos por causa do contexto, mas inevitavelmente abre brechas e possibilidades para fraudes. Por isso, a atenção e o cuidado têm de ser redobrados. 




Sempre lembrado, nunca escolhido

Toda vez que um comandante da educação cai ou balança na Esplanada dos Ministérios, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) é lembrado. Até agora, no entanto, ficou sempre de fora das escolhas finais. O político do DF até tem boa relação com o presidente Jair Bolsonaro, mas o fato de ser tucano pesa porque, caso fosse escolhido, muito provavelmente enfrentaria resistência forte dos radicais da chamada ala ideológica do governo, que veem o PSDB (que abriga o governador de São Paulo, João Dória) como uma legenda inimiga.
 


Rapidez

O governador Ibaneis Rocha (MDB) foi rápido para oficializar as datas de abertura de atividades no DF. No início da semana, ele autorizou os estudos e afirmou que as análises seriam concluídas na quinta. De fato, ontem mesmo publicou no Diário Oficial as novas regras e deu um passo concreto para que o retorno total ocorra na capital federal. Por ora, apenas atividades com maior potencial de aglomeração, como festas, boates, cinemas e eventos esportivos continuarão proibidas, mas já há pressão para que também sejam liberadas. 



Decisão de Moro foi precedente

Mesmo fora da Justiça há quase dois anos, a atuação do ex-juiz Sergio Moro na Lava-Jato ainda influencia. Na operação de ontem para investigar supostas irregularidades em testes rápidos de covid-19, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPDFT, usou como precedente uma decisão judicial de Moro (de 2016) para solicitar que não fossem notificados os juízos de todos os locais em que mandados foram cumpridos, uma vez que a investigação se deu, além do DF, em outras unidades da federação. “A solicitação de autorização no Juízo de cada localidade colocaria em risco a simultaneidade das diligências e o seu sigilo, considerando a multiplicidade de endereços e localidades que sofrerão buscas e apreensões”, diz trecho da decisão de Moro citada pelo Gaeco. 
Momento crítico



Integrante da Comissão 

Externa de Acompanhamento do Ministério da Educação, o deputado federal Israel Batista (PV-DF) avalia o momento atual como crítico. Depois das inúmeras polêmicas envolvendo o ex-ministro Abraham Weintraub, a escolha de Carlos Alberto Decotelli trouxe boas expectativas, que duraram muito pouco. “O MEC está completamente à deriva. Houve lufada de esperança com indicação do Decotelli, porque ele tinha um perfil de mais diálogo. Porém, em pouco tempo ele perdeu condição de ficar. A crise do currículo complicou muito porque ele comandaria as universidades federais e um ministro da Educação precisa ser exemplar”, avaliou. O mais cotado para o cargo agora é o atual reitor do Instituto de Tecnologia de Aeronáutica (ITA), Anderson Correa.



Só papos



“Nosso governo dará prosseguimento ao diálogo com diferentes interlocutores para desfazer opiniões distorcidas sobre o Brasil e expor a preservação, as ações que temos tomado em favor da proteção da floresta amazônica e do bem-estar das populações indígenas”

Jair Bolsonaro, presidente da República




“O governo brasileiro parece insistir na tese equivocada de que o problema ambiental no Brasil é uma questão de propaganda e comunicação. Opta por uma saída irresponsável que pode agravar ainda mais a imagem do país no exterior”

Marina Silva (Rede), ex-ministra do Meio Ambiente




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