Cidades

Ceilândia e Taguatinga estão quase no pico de contaminações por covid-19

Ainda não é o momento de relaxar o isolamento social, alerta pesquisador responsável pelo estudo que constatou a proximidade do pico nas regiões

Correio Braziliense
postado em 08/07/2020 21:58
O grande número de habitantes fez com que Ceilândia e Taguatinga tivessem uma quantidade significativa de pessoas infectadasDuas regiões administrativas estão muito perto do pico de casos de coronavírus, segundo . Ceilândia e Taguatinga estão agora com a menor taxa de reprodução do vírus, conhecida como R(t), segundo os dados do observatório. 

O R define para quantas pessoas um infectado transmite o vírus. Por exemplo, se o número R for 2, isso quer dizer que cada infectado transmite para outras duas pessoas o coronavírus antes de se curar. Quanto maior o R, mais a epidemia cresce. 

Em Taguatinga e Ceilândia, o número R está em 1,2, segundo o acompanhamento do PrEpidemia. Quando o R chegar a 1, quer dizer que o vírus atingiu o número máximo de indivíduos infectados, portanto, atingiu o pico da epidemia. Isso não quer dizer, no entanto, que o vírus deixará de infectar, alerta o professor Paulo Angelo Resende, responsável pelos dados do PrEpidemia e pesquisador da Associação GigaCandanga.

“A tendência é ter uma redução no número de indivíduos infectados gradativa até o término do surto epidêmico. Porém, sabemos que isso é muito instável”, afirmou. 

O pesquisador também ressalta que isso não quer dizer que está na hora de relaxar o isolamento social. “O que nós temos que fazer é continuar com o mesmo nível de controle. Se relaxar o isolamento social, o vírus vai continuar se reproduzindo nesse valor, sem regredir, o que seria um platô no gráfico”, explicou Resende. 

Ceilândia teve, até agora, pouco mais de 8 mil casos confirmados de infectados com coronavírus e Taguatinga, 4,3 mil. Juntas, as duas cidades têm 2,5 mil casos ativos de covid-19.
 
* Estagiário sob supervisão de Mariana Niederauer 

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