Cidades

Policiais encontram seis cobras em casa onde estava tubarão

O Correio apurou que integrantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) compareceram à delegacia para recolher os animais

Correio Braziliense
postado em 10/07/2020 22:30
Uma das jiboias capturadasAlém do tubarão encontrado na Colônia Agrícola Samambaia, nesta sexta-feira (10/7), a polícia encontrou outras seis serpentes na casa. São elas: duas salamantas da caatinga, nativas do Brasil, duas jibóias de Madagascar e duas Python da Birmânia.

O Correio apurou que integrantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) compareceram à Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) para autuação dos animais. 

Fontes policiais informaram que o caso pode ter ligação com o jovem picado por uma naja na última terça-feira (7/7). O tubarão estava dentro de um aquário. A polícia acredita que a casa onde o animal estava é de um dos amigos do estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Lehmkuhl. A procedência e legalização do tubarão estão sendo investigados. 

 
Investigação 

A polícia trabalha com algumas linhas de investigação em relação ao caso do jovem picado pela naja. Nesta quinta-feira (9/7), o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) apreendeu 16 cobras em uma chácara no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina. O proprietário do local era um dos amigos de Pedro, de acordo com a apuração policial. 

Aos policiais, o rapaz informou que outro colega deles estava com as cobras e as levou para a chácara. “Estamos investigando a possibilidade desses jovens estarem envolvidos em um esquema de tráfico, mesmo que eles tenham esses animais apenas para a coleção”, afirmou Willian Ricardo, delegado da 14ª Delegacia de Polícia (Gama). 

Há, ainda, a suspeita de que os jovens estejam envolvidos em um esquema ilegal de pesquisas e estudos de animais exóticos. Pedro Henrique Lehmkuhl está internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Maria Auxiliadora. Na quinta-feira (9/7), ele acordou do coma e os médicos tiraram os tubos. Ele conversou e agradeceu pelo socorro prestado.

Para salvar o estudante, foi necessário trazer uma dose de soro antiofídico diretamente do Instituto Butantan, em São Paulo. A família importou outras 10 doses preventivas dos Estados Unidos.

O estudante está respondendo bem ao tratamento e poderá ser transferido para o quarto do hospital. Ainda não há previsão para quando ele terá alta.

 

  

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