Cidades

Ações de monitoramento

O Executivo local acompanha a evolução da covid-19 com o auxílio da equipe responsável por monitorar os casos desde o início da pandemia. Na Sala de Situação, localizada no Palácio do Buriti, representantes de secretarias, departamentos, autarquias e empresas públicas analisam o avanço da doença no Distrito Federal. A central recebe informações diárias de diferentes pastas para a produção de relatórios, que são enviados periodicamente ao governador Ibaneis Rocha (MDB). Os documentos têm auxiliado na tomada de decisões.

Além de representantes do GDF, o comitê recebe visitas de integrantes dos Poderes Legislativo e Judiciário. Em reuniões diárias, os integrantes acompanham o que acontece nas regiões administrativas e na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Subsecretário de Inovação da Casa Civil, Paulo Medeiro afirmou que há participação direta e indireta de diferentes atores nesse processo.

Em relação às medidas recentes de aumento do rigor do isolamento em locais como Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol, o subsecretário comentou que as definições decorreram do descumprimento de medidas e que houve tentativas de conscientizar a população para evitar novos fechamentos. “As pessoas estavam relaxando com as medidas (de isolamento e para uso de máscara). Elas são fundamentais para mantermos uma cidade aberta. Depois de tudo o que foi feito, (o crescimento de casos em Ceilândia) ainda não melhorou. Mas, se não tivéssemos essa sala (do GDF) e esses dados, outro governante poderia fechar uma cidade inteira”, disse Paulo.

Limites
O cenário de outra cidade está no radar, segundo o subsecretário, devido ao aumento das taxas de contaminação. “Taguatinga tem crescimento (do número de casos) e, se não mudar o comportamento, pode ser a próxima da lista”, alertou Paulo. “Todas as regiões estão sujeitas a isso (novos fechamentos). As que têm risco maior são aquelas em que temos atuado mais. Temos monitorado o que acontece no Brasil, no DF e no Entorno para fazermos um gerenciamento de risco e saber o que nos afetará no futuro. Não precisamos fechar a cidade inteira. A maioria do DF tem cumprido regras.”

Em relação à aglomeração em outras partes do DF, principalmente aos fins de semana, Paulo Medeiro explicou que os órgãos que atuam nas ruas buscam evitar infrações. “Claro que existem festas e encontros que tentamos combater de todas as formas, mas a equipe não consegue fiscalizar a cidade inteira”, justificou o subsecretário. “O fato de (a taxa de ocupação dos leitos) estar em 70%, 90%, não significa que (o sistema de saúde) colapsou. Isso não existiu no DF até agora. Estamos trabalhando nos limites do que planejamos”, completou. (JE)