Cidades

Jiboia arco-íris: brilho intenso e cores chamam a atenção de criadores

A jiboia arco-íris é uma espécie constritora, que tem dorso pardo-avermelhado com manchas negras e ventre amarelado, apresentando brilho intenso

Correio Braziliense
postado em 12/07/2020 16:38
Jiboia arco-íris encontrada em apartamento no DFA cobra encontrada na casa de um servidor do Judiciário na manhã deste sábado (11/7) é de espécie jiboia arco-íris. Policiais apreenderam o animal em um apartamento desocupado, na QE 40 do Guará. Segundo investigações, o homem é pai de um dos amigos do estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Lemhkuhl, de 22 anos, picado por uma naja na terça-feira (7/7). 

A serpente é uma espécie constritora, que tem dorso pardo-avermelhado com manchas negras e ventre amarelado, apresentando brilho intenso. A cobra pode atingir um comprimento de até 1,5m. Segundo o biólogo e gerente de projetos educacionais do Zoológico de Brasília, Igor Morais, essa não é uma serpente peçonhenta e abate suas presas por constrição, ou seja, envolvendo até que ela tenha a circulação sanguínea prejudicada e sufoque. “As quatro espécies de jiboia arco-íris que ocorre no Brasil não são classificadas como ameaçadas de extinção. Ela não oferece o mesmo risco da naja, cascavel ou outras espécies de serpentes peçonhentas”, explicou. 
 
Jiboia arco-íris
 
De acordo com ele, no caso das jiboias arco-íris, elas podem ser oriundas do tráfico ou de criadouros comerciais, que são legalizados pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Quando o animal é adquirido de um criadouro comercial, a serpente deve ter um microchip para identificação do dono e ele deve apresentar a documentação que comprove a origem”, detalhou o especialista. 
 
Jiboia arco-íris
 
O especialista destaca, ainda, que as pessoas que mantêm cobras dessa espécie em cativeiro sem legalização provavelmente são motivadas pelo fato de não ser uma serpente peçonhenta e porque muitos as consideram as cobras mais bonitas do Brasil, devido ao padrão de coloração. 

Servidor foi detido pela polícia

A Polícia Civil encontrou mais uma cobra em um apartamento no Guará 2. O imóvel estava desocupado e é de responsabilidade do pai de um dos amigos do estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Lemhkuhl, 22 anos, picado por uma naja na terça-feira. O homem é servidor do Poder Judiciário e foi detido e conduzido à 14ª Delegacia de Polícia (Gama), na manhã deste sábado (11/7), para prestar esclarecimentos. Ele foi liberado após assinar um termo circunstanciado 

O animal estava escondido em uma caixa dentro do apartamento. No local, a polícia encontrou diversos ratos que seriam criados para servir de alimento à serpente. De acordo com a apuração policial, as serpentes teriam sido deixadas na residência pelo amigo de Pedro (o mesmo que soltou a naja próximo ao shopping Pier 21). 
 
Além da serpente e ratos, agentes encontraram uma lâmpada fabricada em vidro vermelho real para melhor aquecimento no período noturno. O equipamento é próprio para produzir pouca luz e não perturbar o sono dos répteis. Um casco de tatu também foi encontrado nas dependências no imóvel. Na caixa onde estava a cobra, havia um informativo com a seguinte mensagem: "Não mexa, não troque de lugar, não trisque, não esbarre. Acidentes acontecem, por isso, mantenha a distância". 





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  • Jiboia arco-íris
    Jiboia arco-íris Foto: PCDF/Divulgação
  • Jiboia arco-íris
    Jiboia arco-íris Foto: PCDF/Divulgação

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