Cidades

Polícia investiga origem de cobra sem antiofídico no Brasil

Delegado acredita que animal pode ter sido traficado pelo grupo ligado à naja que picou estudante veterinário

Correio Braziliense
postado em 13/07/2020 18:20
O tráfico de animais pode estar na origem de algumas espécies resgatadasO delegado responsável pelas investigações do possível esquema de crime de tráfico internacional de animais, William Andrade Ricardo, informou ao Correio nesta segunda-feira (13/7) que apura a origem da víbora-verde-de-voguel, cobra exótica entregue na sede do Ibama na última sexta-feira (10/7).  Segundo o delegado, por ser uma cobra estranha ao território brasileiro, pode ter sido traficada pelo mesmo grupo responsável pela vinda da naja que picou o estudante  Pedro Henrique Lehmkuhl, 22 anos. 

A serpente é asiática e não possui antiofídico no Brasil. Ela foi entregue pelo dono, junto com uma jararacuçu, que é nativa do Brasil. O Ibama informou que, como a entrega foi feita espontaneamente pelo dono dos animais, ele não será responsabilizado e que tal atitude está amparada na legislação. 

No entanto, o delegado informou que isso não o impede que ele seja ouvido como testemunha no inquérito. “A pessoa não foi identificada pelo Ibama, mas nós vamos investigar e temos outros meios para chegar no ex dono das cobras. Ele não deve ser responsabilizado, mas sim quem vendeu o animal.”


A assessoria de comunicação do Instituto Butantan confirmou que não possui remédio para o veneno da víbora-verde-de-voguel e não realiza nenhum estudo de soro antiofídico para este animal. O Instituto disse ainda que não foi procurado pelo Ministério do Meio Ambiente ou Ibama para receber o exemplar recuperado.

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