No primeiro registro, uma pessoa entregou duas jiboias arco-íris. A espécie é nativa e, as serpentes serão devolvidas à natureza. Posteriormente, outro indivíduo entregou duas snake rat (cobras-rato) e um lagarto gecko. Nenhum é peçonhento, mas são exóticos.
As cobras-rato são comuns na América do Norte. A bióloga Bruna Rafaela explica que as elas são inofensivas aos humanos. "Com tamanho de médio a grande porte, matam as presas por constrição e se alimentam de ratos. Um exemplo de espécie dessa cobra, é a cobra-do-milho (corn snake) um animal muito dócil e visto no mundo todo como um dos mais fáceis de ter como pet, por ser um réptil calmo e fácil de manusear."
O lagarto gecko, é originário do Oriente Médio, segundo informou o Ibama. O biólogo Flávio Terassini afirma que o animal é cobiçado pelos criadores e é muito raro. Se for solto "pode causar um desequilíbrio ambiental onde ficar, pois não terá inimigos naturais e poderá comer outros insetos ou bichos", explicou.
De acordo com o Ibama, as cobras e o lagarto estão em boas condições de saúde. Sem sinais de maus-tratos.
Entregas espontâneas
O Ibama está incentivando a entrega de animais exóticos e silvestres adquiridos e mantidos de maneira irregular aos órgãos ambientais. Quando feita espontaneamente, o dono não responde legalmente pelos crimes que cometeu. Denúncias ou informações podem ser repassadas ao Ibama através da “Linha Verde”, no 0800-618080.
Na última sexta-feira (10/7), duas cobras foram entregues na sede do Ibama em Brasília. Uma das espécies é uma Víbora-verde-de-voguel, original da ásia e sem antiofídico no Brasil. Mesmo sem responsabilizar o ex-dono da cobra, a Polícia Civil disse que investiga origem do animal e a ligação dele com o grupo que pode ter traficado a naja que picou Pedro Henrique de 22 anos.