Cidades

Ceilândia com mais 73 leitos

Correio Braziliense
postado em 14/07/2020 04:25
O hospital, acoplado ao HRC, veio de uma parceria privada entre o GDF e a empresa JBS
Epicentro no número de casos de covid-19 no Distrito Federal, Ceilândia ganha reforço na rede hospitalar para atendimento à pacientes com o novo coronavírus. Com mais 73 leitos, a ala 2, anexada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), começou a funcionar oficialmente ontem. A estrutura foi construída e doada pela empresa JBS e servirá de apoio no combate à pandemia na região.

De acordo com o governador Ibaneis Rocha (MDB), essa parceria com o setor privado é ganho para a população de Ceilândia. “Essa doação traz um significado muito importante. Nós nos reinventamos nessa crise para poder fazer a população sobreviver”, afirmou. “Essa doença não escolhe nomes, desde os mais pobres até os mais ricos, e é muito complicado tratar uma pandemia num sistema deficitário como o que tínhamos, e tivemos que tornar num sistema eficiente num prazo de 120 dias”, pontuou.

Durante a cerimônia, Ibaneis e o secretário de Saúde, Francisco Araújo, também assinaram uma ordem de serviço que autoriza a construção de uma Unidade de Atendimento Hospitalar na QNN 27, em Ceilândia.

Isolamento
A nova estrutura acoplada ao HRC, que fica ao lado da pediatria, tem 1.015 metros quadrados de construção. Ela contempla 70 leitos de enfermaria e outros três de isolamento, para receber pacientes com sintomas gripais e comorbidades. As salas voltadas aos leitos de isolamento conta com máquinas de pressão negativa, que faz a exaustão do ar para o meio externo, reduzindo a circulação de contaminação no ambiente interno. De acordo com a Secretaria de Saúde, nenhum hospital da rede pública tem esses equipamentos de renovação de ar.

Lucilene Florêncio, superintendente da Região de Saúde Oeste, afirma que a inauguração da nova ala é um momento histórico para Ceilândia. “Esses 73 leitos vão se unir aos 317 que já existem no hospital. Nós somos a região com o maior número de casos, são 10 mil casos aqui”, ressalta.

Segundo o chefe da Secretaria de Saúde, Francisco Araújo, o HRC nunca teve tantos leitos para covid-19 como atualmente. “Esse hospital acoplado vem num excelente momento, em que nós conseguiremos fortalecer, de maneira real e transparente, as ações do governador Ibaneis”, pontua.

Para garantir o atendimento à população, foram contratados 148 servidores temporários. Sendo, 18 clínicos gerais, 30 enfermeiros e 100 técnicos de enfermagem. Toda a equipe atuará exclusivamente na nova ala. De acordo com a superintendente Lucilene Florêncio, a transferência dos pacientes será feita de forma gradual.

“Serão transferidos da área de emergência os pacientes com maior estabilidade, eles devem fazer o primeiro atendimento lá e depois serão trazidos para cá”, explica Lucilene. A nova ala começou a receber os primeiros pacientes ainda ontem. A previsão era, até o final do dia transferir 30 doentes para os novos leitos.

Equipamentos
A construção do hospital acoplado ao HRC não teve custo para o GDF. A empresa JBS arcou com a estrutura e os equipamentos da nova ala. Ao todo, a JBS, por meio do programa Fazer o Bem Faz Bem, vai doar R$ 11 milhões para o enfrentamento ao coronavírus no Distrito Federal, incluindo no valor a construção da unidade anexa ao Hospital Regional de Ceilândia.

De acordo com a superintendente da Região de Saúde Oeste, após a pandemia, o espaço será voltado para atendimento de clínica médica, ampliando a capacidade da unidade de saúde para atender a população de Ceilândia, Sol Nascente e Pôr do Sol.



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