Correio Braziliense
postado em 16/07/2020 11:07
O Brasília Ambiental finalizou nesta última quarta-feira (15/7) três dias de execução de aceiro negro na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama e Cabeça de Veado, nas proximidades da DF-001. Um trecho de 30 quilômetros recebeu a ação preventiva e agora está protegido de queimadas. A atividade recebeu o apoio de vários órgãos distritais e federais, sob a coordenação da Diretoria de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (DPCIF) do instituto. A medida integra o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (PPCIF) da Secretaria de Meio Ambiente (Sema).
A APA Gama e Cabeça de Veado envolvem diversas unidades de conservação, como o Jardim Botânico de Brasília, a fazenda Água Limpa, da Universidade de Brasília (UnB), e a Reserva Ecológica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de áreas da Marinha e parte do Parque Ecológico do Tororó. Essas áreas de proteção ambiental reúnem cerca de 25 mil hectares de preservação.
De acordo com o diretor do DPCIF, Pedro Paulo Cardoso, a cada ano é feito o aceiro negro nesta área devido à sua vulnerabilidade aos incêndios florestais. “A função deste método preventivo é retirar o material combustível que, no caso, é o mato seco, impedindo assim a possibilidade de fogo pegar ou se alastrar”, destaca.
O diretor lembra que são necessários três componentes para o fogo: combustível, calor e oxigênio, que formam o chamado “triângulo do fogo”. “Por isso, para acabar com essa possibilidade, precisamos tirar um desses três elementos. O calor tira com a água, o oxigênio com o abafador e o material combustível com execução de aceiros”, explica.
O Brasília Ambiental tem feito tanto o aceiro mecânico como o negro em parques e unidades de conservação sob sua responsabilidade, nesse período de prevenção aos incêndios florestais. O primeiro utiliza tratores e o segundo a roçagem e a queima do mato seco, que ocorre nas bordas das unidades. Ambos promovem faixas de segurança entre esses espaços de preservação e seus acessos, impedindo que o fogo chegue ou se alastre.
Tororó
Apesar de integrar a APA, esta é a primeira vez que o Parque Ecológico do Tororó recebeu o aceiro. “O material combustível do parque nunca tinha sido retirado, estava muito denso. Se não executássemos o aceiro com muito cuidado, o fogo poderia ter fugido do controle. Mas deu tudo certo. A equipe é muito capacitada. O desempenho foi excelente”, comemora Pedro Paulo.
Neste ano, o Brasília Ambiental já executou aceiro negro na Estação Ecológica Águas Emendadas (Esecae) e finaliza planejamento para execuções em outras unidades de preservação nesta segunda quinzena de julho, quando chega ao fim esta fase de prevenção. Além da parceria com a Sema, o órgão de meio ambiente conta com o apoio do Jardim Botânico de Brasília, do IBGE, da Ala 01 da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros (CBMDF), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), da Estação de Rádio da Marinha, da Fazenda Água Limpa (UnB) e da Escola Superior de Guerra.
*Com informações da Agência Brasília
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.