Cidades

Regulação e transferência

Correio Braziliense
postado em 17/07/2020 04:07
Até as 18h de ontem, 945 moradores do Distrito Federal morreram por causa da covid-19. Incluídas as pessoas que vieram de Goiás e outras unidades da Federação, o total é de 1.037 vítimas. Os primeiros 16 dias de julho praticamente empataram com todo o mês anterior. O número de casos na capital do país subiu para 77.621. Foram 2.242 registros a mais em relação à quarta-feira. Por área, o setor da saúde soma 3.062 profissionais infectados. Na segurança pública, esse valor chega a 867. Por enquanto, mais de 62,1 mil pacientes (80,1%) se recuperaram da doença.

Dos 916 leitos para pacientes com quadro grave ou gravíssimo da covid-19, 711 estavam ocupados ontem. No fim do mês passado, uma liminar obrigava o Governo do Distrito Federal (GDF) a abrir vagas de unidade de terapia intensiva (UTI). Contudo, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) derrubou a decisão na quarta-feira. A primeira determinação exigia que o Executivo local desbloqueasse 68 leitos na rede pública e a reabrisse 67. No entanto, o magistrado entendeu que a “tomada de decisões estratégicas para o combate à pandemia” ou para “eventual retomada das atividades econômicas” não cabe ao Poder Judiciário.

Professora do curso de saúde coletiva da Universidade de Brasília (UnB), Carla Pintas Marques acredita que a população ainda não entendeu que existe uma capacidade limitada desse serviço. “São pacientes que ficam de cinco a 10 dias internados, com risco de precisar de uma vaga em UTI. Não é um tempo pequeno”, salientou. “E a população mais vulnerável que precisa desse atendimento começa a aumentar. Pelas condições delas, a recuperação pode ser mais difícil. A rede de saúde não está prepara para essa demanda”, completou.

Leitos

A Secretaria de Saúde informou que a situação das vagas é dinâmica e que passa por atualizações diárias. A pasta acrescentou que, entre pacientes da enfermaria com piora do quadro, há direcionamento para qualquer hospital da rede que tenha leito de UTI disponível. Eles são inseridos na lista de regulação antes da transferência. “Há pacientes que precisam de leitos bastante específicos, com suporte de hemodiálise, por exemplo. Portanto, não é possível direcioná-lo para qualquer leito, tem de ser esse leito específico”, alegou, em nota.

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