Correio Braziliense
postado em 21/07/2020 04:06
Além das 27 novas mortes confirmadas ontem, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal contabilizou mais 1.875 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus. O total de casos passa de 84,2 mil. Somados brasilienses e pacientes de outras unidades da Federação, a covid-19 fez 1.112 vítimas no DF. Do total de infectados, 69.693 (82,7%) recuperaram-se da doença.
Subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage afirma que os próximos dias devem apresentar continuidade na desaceleração do número de casos. “(É) o que vem sendo observado nas duas últimas semanas. Observa-se uma estabilidade na ocorrência de internações de casos graves — em leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) — e de óbitos. Mas essa tendência é sempre mais lenta do que a (diminuição) da ocorrência de casos, pela própria evolução da doença”, explica o médico.
As 27 mortes registradas ontem ocorreram entre 29 de junho e 19 de julho. Segundo Hage, esse total deve cair a uma média entre 15 e 20 nos próximos dias. “É importante referir que a letalidade — o número de óbitos dividido pelo número de casos — tem se mantido entre 1,3% e 1,4% há meses. Isso indica que a rede de atendimento tem conseguido ampliar a capacidade para receber pacientes mais graves. A média do país é de 3,8%. O DF apresenta uma das taxas de letalidade mais baixas”, destaca o subsecretário.
Controle
O infectologista Hemerson Luz considera possível notar uma estabilização, apesar dos números altos. Porém, ele associa o resultado às medidas tomadas nos últimos meses. O médico também ressalta que há descobertas novas sobre o micro-organismo diariamente; por isso, podem haver divergências em relação às ações mais recomendadas para combater o aumento de casos. “A curva está estabilizada agora, mas só teremos leitura de qualquer medida tomada hoje daqui a 14 dias. Agora, estamos vendo números daquelas adotadas 14 dias atrás”, observa.
Professor da Universidade Católica de Brasília (UCB) e doutor em saúde pública, Roberto José Bittencourt defende um esforço para a identificação dos novos contaminados, atrelado à garantia de isolamento desses pacientes e de pessoas próximas a eles. “Podemos trabalhar nessa perspectiva do platô, mas precisamos fazer um trabalho de vigilância epidemiológica. É a única medida sustentável, efetiva e mais barata. Temos perdido adesão ao isolamento. E temos um exército de agentes comunitários de saúde e de controle de endemia que podem fazer esse trabalho (de monitoramento)”, argumenta.
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