Cidades

Categoria adoecida

Correio Braziliense
postado em 21/07/2020 04:07
Estafa, ansiedade e depressão são alguns dos relatos de doenças agravadas ou desencadeadas durante a pandemia, como afirma Samuel Fernandes, diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF). “Muitos relatam adoecimento. Os professores estão trabalhando muito e, às vezes, sem condições de preparar aula adequadamente”, ressalta. “O governo cancelou as teleaulas e não cumpriu a promessa de disponibilizar internet gratuita. Os professores têm de se virar”, acrescenta.

Rodrigo de Paula, diretor jurídico do Sindicato dos Professores das Entidades de Ensino Particulares (Sinproep), também explica que muitos profissionais adoeceram. “Eles estão trabalhando duas vezes mais e há uma carga emocional grande de estresse. O número de demissões também aumentou, com mais de 700 contratos encerrados e 1,5 mil suspensos”, detalha. O retorno ao presencial também aflige a categoria. “Boa parte das escolas fez protocolos e estão preparadas para voltar, mas as pequenas não têm condição nenhuma.”

Linha de crédito
Retomar as aulas presenciais, no entanto, é opcional, destaca o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe/DF), Álvaro Domingues. “Cada escola deve fazer uma avaliação da estrutura física e da capacidade de implementar protocolo de profilaxia que seja seguro.” Para orientá-las, o sindicato montou um guia para o ensino híbrido. 

Quanto às demissões, Álvaro confirma o número do Sinproep e acredita que a situação pode piorar. “Provavelmente, 100 escolas podem fechar, o que deixaria em torno de 15 mil crianças, sobretudo da educação infantil, sem vaga, porque o Estado não teria condições de absorver”, estima. “As escolas querem voltar para dar uma lição de civismo”, explica.

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