Correio Braziliense
postado em 24/07/2020 04:15
O Distrito Federal passa pelo pico da pandemia do novo coronavírus. A tendência, de acordo com a Secretaria de Saúde, é de que os casos confirmados da covid-19 comecem a diminuir em até duas semanas, apesar de a projeção ser variável. Ontem, a pasta contabilizou 2.222 diagnósticos e 41 óbitos. Entre as vítimas está uma criança de menos de 2 anos, a segunda pessoa nessa faixa etária a perder a vida pela enfermidade na capital.
Com os novos registros, o total de infectados subiu para 90.023, e o de óbitos, para 1.113 no Distrito Federal. Em 11 de junho, a vítima mais jovem de coronavírus faleceu na capital. Um bebê de um mês e quatro dias morreu no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). O Correio entrou em contato com a Secretaria de Saúde para obter mais detalhes sobre a segunda criança morta pela covid-19, mas a pasta não divulgará detalhes sobre o caso.
O restante das vítimas contabilizadas ontem tinha mais de 30 anos e oito não eram portadoras de comorbidades — outras doenças que agravam os sintomas da covid-19. A maioria dos óbitos aconteceu em Taguatinga (6) e no Plano Piloto (5). A Secretaria de Saúde também registrou a morte de 105 pessoas que viviam em outras unidades da Federação, mas faleceram em hospitais da cidade. Com esses registros, o total de óbitos chega a 1.218.
Com 11.287 casos confirmados, Ceilândia segue como a região administrativa de maior incidência da doença. Em seguida, aparecem Plano Piloto, com 6.946 infecções, e Taguatinga, com 6.287. O Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) (61), a Fercal (62) e o Varjão (126) são as cidades com menos registros do novo coronavírus.
Cirurgias eletivas
Com o avanço da pandemia, o sistema de saúde registra possível sobrecarga. Na rede pública, há 508 pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) exclusivas para pacientes com a covid-19. No total, são 672 vagas, ou seja, a taxa de ocupação está em 80,13%. Na rede privada, 93,31% dos leitos estão preenchidos. São 270 e 251 pacientes.
Para suportar a demanda de pacientes, em 29 de junho, a Secretaria de Saúde suspendeu as cirurgias eletivas nas unidades hospitalares da capital. Ontem, a pasta prorrogou a interrupção do serviço para 9 de agosto. A medida, segundo a secretaria, ocorre “enquanto o DF atravessa o pico e o platô da pandemia”.
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